Circula há semanas a informação que dá conta da existência de uma nova variante do HIV/SIDA no mundo, após a descoberta de 109 casos na Holanda, entretanto, o Secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), Francisco Mbofana, tranquiliza, dizendo que não há motivos para alarme, pois a doença não é uma ameaça à saúde pública.
É que a variante foi descoberta há pouco tempo, mas em amostras colhidas nos anos 90, nalguns países da Europa e no Uganda.
A Variante denominada VB foi detectada, primeiramente, em 17 amostras, mais tarde foram analisadas mais 6.700 amostras e foram encontradas 92 com a variante, sendo a maior parte, ou seja 109 indivíduos da Holanda, um da Bélgica e outro da Suíça.
“As amostras são da década de 90, então supõe-se que surgiram na década de 90 na Holanda, e se espalhou rapidamente naquele país nos anos 2000 e a sua circulação começou a diminuir no ano 2010”, explicou Mbofana.
Segundo o secretário-executivo do CNCS, não se pode comparar esta descoberta, às descobertas feitas em relação às variantes da COVID-19, pois são variantes recentes, enquanto, neste caso, as amostras são de há, pelo menos, duas décadas.
“Para o caso desta variante temos intervenções que nos ajudam no seu controlo, pois de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) esta não é uma ameaça à saúde pública porque o tratamento antirretroviral que nós temos disponível, também funciona para esta variante”, avançou.
Segundo Mbofana, os indivíduos com a variante, caso tomem o antirretroviral conseguem limpar o vírus como se fossem as outras variantes, os infectados pela VB têm o tempo de vida, como outras pessoas que vivem com a doença.
A fonte explicou ainda, que o país tem um arsenal suficiente para o tratamento e prevenção da doença, uma vez que se transmite da mesma maneira que os outros.
As autoridades prometem reforçar a vigilância e a prevenção contra o HIV/SIDA, uma vez que os pesquisadores estimam que, sem tratamento, as pessoas infectadas com essa variante desenvolveram SIDA dentro de 2 a 3 anos após o diagnóstico, em comparação com 6 a 7 anos para as pessoas infectadas com outras variantes de HIV.