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Clubes despromovidos do Moçambola-2021 não querem Liguilha

Fotos: O País

A Liga Moçambicana de Futebol já definiu a data de 9 de Novembro para a realização do sorteio da Liguilha, entre as três equipas despromovidas do Moçambola-2021, e de 21 a 29 de Novembro para a disputa da competição que vai definir a única equipa que vai se manter na maior prova do futebol moçambicano, no próximo ano, eis que surgem novidades.

Os três clubes que estão nas últimas posições da tabela classificativa do Moçambola 2021, nomeadamente, Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo, que de princípio devem disputar a Liguilha, submeteram uma carta de impugnação do comunicado da Federação Moçambicana de Futebol que determina as condições da disputa da prova as três.

De acordo com a carta, que também foi submetida junto a Secretaria de Estado do Desporto, os três clubes entendem que “a referida decisão foi tomada unilateralmente pela Federação Moçambicana de Futebol e tornada pública no dia 18 de Agosto de 2021, sob alegação de que a próxima edição do Moçambola seria disputada por 12 equipas, e não as habituais 14, em face da não realização dos campeonatos provinciais, devido às restrições impostas pela COVID-19”.

E porque a decisão da FMF foi tomada no decurso da disputa da actual competição, que termina já este final de semana, sem prévia e profunda consulta aos clubes, “pior sem qualquer preocupação de mobilizar consensos”, segundo a carta, a mesma (decisão) “para além de ser de duvidosa legalidade, porque, a nosso ver foi tomada por órgão despida de legitimidade, é manifestamente inoportuna e injusta”.

Para os clubes visados, o primeiro aspecto problemático é o facto de ter-se adoptado uma decisão à margem da Assembleia-geral da Liga Moçambicana de Futebol, ou em última instância a Assembleia-geral da FMF, órgão que tem competência para deliberar validamente sobre a alteração do modelo do Moçambola, Liguilha ou Poule, implicando a alteração da composição das equipas.

Por outro lado, os três clubes consideram que a realização da Liguilha em Vilanculos, de 21 a 28 de Novembro, vai agudizar a crise financeira a estas equipas votadas, desde o início da temporada, em face da não entrada de finanças vindas da bilheteira e outras formas de arrecadação, devido a imposição da COVID-19.

“A FMF, ao impor a realização da Liguilha em Vilanculos, definitivamente demonstra a falta de sensibilidade pela situação financeira dos clubes visados. A não ser que a FMF ainda vai informar que vai custear as despesas da mesma, desde as deslocações das equipas, alojamento e alimentação”, referem na carta de impugnação.

O Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo, terminam a carta referindo que “requererem a anulação parcial do teor do Comunicado Oficial nº 049/FMF/D/2021, de 17 de Agosto de 2021 e todo o conteúdo do C.O. nº 072/FMF/2021, que marca data para o respectivo sorteio, ficando sem efeito a prova, habilitando-se, assim os três requerentes a permanecer no Moçambola de 2022, como aliás sempre ficou assente”.

Recorde-se que o Matchedje de Mocuba, Textáfrica do Chimoio e Desportivo Maputo ocupam as últimas três posições, que inicialmente despromoviam à segunda divisão, entretanto, devido a não realização das provas provinciais e devido a restrições impostas pela COVID-19, a Federação Moçambicana de Futebol acabou por decidir pela diminuição do número de equipas que deverão disputar o Moçambola 2022, de 14 para 12, sendo que a 12ª equipa sairá da Liguilha a sair dos três últimos classificados do Moçambola 2021.

Para já, os três clubes esperam pela resposta à impugnação, quando faltam quatro dias para o sorteio, marcado para 9 de Novembro corrente.

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