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Clarisse Machanguana: uma referência no centro decisor do basquetebol africano

Referência obrigatória no basquetebol dentro e fora país, Clarisse Machanguana continua a ser valorizada nos corredores da modalidade da bola ao cesto continental, tal é a forma como foi prestigiada recentemente pela sua presença na primeira reunião do Conselho Central da FIBA-África.
Única, sublinhe-se, moçambicana com estatuto de vice-campeã da WNBA, Clarisse Machanguana (Manucha) contribui, agora, na qualidade de integrante da Comissão das selecções jovens da FIBA-Africa, para o desenvolvimento do basquetebol no continente.

Machanguana participou, recentemente (22 e 23 de Março), na primeira reunião do Conselho Central da FIBA-África para o ciclo 2023-2027, encontro que definiu as directrizes para o basquetebol nos próximos anos. Inovou, e já estava na hora, e estabeleceu uma nova ordem no quadro de calendarização e modelo de competições.

Em traços gerais, foi definido que a Costa do Marfim e Angola acolhem, respectivamente, os “Afrobaskets” feminino e masculino, em 2025, e que em Dezembro próximo será disputada a edição de estreia da Liga dos Campeões Africanos de Basquetebol Feminino (ndr: em substituição da actual Africa Women Basketbal, AWBL).

Em Abidjan, Costa do Marfim, a mais bem-sucedida basquetebolista moçambicana partilhou as suas ideias num encontro do qual fizeram ainda participaram o presidente da FIBA-África, Aníbal Aurélio Manave; Director Executivo da FIBA-Africa, Alphonso Bilé; presidente da Fundação FIBA, Hamane Niang; membros do Conselho Central da FIBA, Pascale Mugwaneza e Jean Michel Ramaroson, entre outros quadros.

Como Clarisse Machanguana, nesta nova missão, há, pois, igual: Hamchetou Maiga, maliana que foi também seleccionada para Comissão das selecções jovens da FIBA-Africa.

Prova inequivoca do seu reconhecimento, no quinto mês do ano de 2023, Machanguana fez parte de uma restrita lista de figuras que integraram o painel da sessão da Basketball Africa League (BAL) que se debruçou sobre inspiração, capacitação e elevação da nova geração de mulheres líderes africanas. Privilegiada, Clarisse Machanguana juntou-se a a estratega e sénior de negócios e operações da NBA Egipto e a antiga estrela do Clube Gezira, Yasmin Helal.

Num evento que juntou 50 jovens profissionais e outros 12 especialistas da indústria desportiva com reconhecimento internacional, a patrona da Fundação Clarisse Machanguana deu dicas sobre a gestão da carreira, para além de apontar os caminhos que devem nortear os aspirantes a estrelas de basquetebol.

Completaram o painel de luxo a directora de inovação e experiência da Ignite, Deana Shabaan; directora de responsabilidade social e programas de jogadores da BAL, Marie-Laurence Archambault; jornalista e comentadora da BAL, Usher Komughisha, e a líder de marketing da BAL, Acha Diop.
Intramuros, através de sua fundação Clarisse Machanguana continua a inspirar a rapariga em programas de saúde e desporto.

E mais: a apoiar projectos de formação de novos talentos, tal é o caso da Escola Moçambicana de Basket da Matola, liderado por Leonel “Mabê” Manhique, bem como da acção desenvolvida pela New Vision de Cabo Delgado.

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