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Cimentos de Moçambique celebra 95 anos a funcionar com 50% da capacidade instalada

A empresa Cimentos de Moçambique celebrou, sábado, 95 anos de existência. A empresa diz que os últimos anos têm sido mais difíceis porque os moçambicanos não têm poder de compra e estão a adiar cada dia mais a construção.

A celebração acontece num ambiente de crise económica em Moçambique e isso tem sido o calcanhar de Aquiles para a indústria cimenteira. A Cimentos Moçambique viu-se obrigada a reduzir a sua produção, já que há menos pessoas que procuram pelo produto.

“Sem o poder de compra, as pessoas vão adiando cada dia mais os processos de construção e modificação das suas casas. Numa economia estagnada é difícil controlar as contas de uma empresa como a Cimentos”, disse o director-geral da Cimentos de Moçambique, Edney Viera, no âmbito da celebração de mais um aniversário da firma.

Na gala realizada sábado na Matola alusiva a mais um aniversário, a Cimentos Moçambique disse que neste momento está a funcionar apenas com 50 porcento da capacidade instalada, mesmo no âmbito da redução dos altos custos não compensados pela procura.

“Já que nós não temos a política de diminuir pessoas em situações destas, de algum lugar temos de retirar. Numa economia das condições como as de Moçambique, onde não crescem os lucros, claramente que aumentam os custos e para isso temos de fazer cortes”, explicou Edney Viera, acrescentando que a empresa teve de realocar alguns recursos para evitar perdas maiores.

Presente no evento, o ministro da Indústria e Comércio não negou a existência da crise económica no país, mas disse que parte dos problemas que a Cimentos Moçambique possa eventualmente estar a enfrentar devem-se a outros factores e não apenas à falta de dinheiro em Moçambique e a concorrência é um deles.

“Há mais fábricas de cimento no país. Há 95 era a única, agora, só aqui na Matola, temos mais três”, atirou Ragendra de Sousa.  
Aliás, o governante pede paciência aos investidores desta indústria porque, segundo ele, ela tem futuro em Moçambique, principalmente quando a crise passar e “o guindaste começar a funcionar, aí o cimento, mais do que nunca, estará a ser usado”.
“Quando nós falamos de modernidade, está intimamente ligado ao cimento”, tranquilizou.

Voltando à gala dos 95 anos, a Cimentos Moçambique distinguiu as distribuidoras que mais e melhor contribuem para o desempenho financeiro da empresa.

 

 

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