A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reúne-se, hoje, 20 de Novembro, em Harare, no Zimbabwe, em Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo. O encontro vai analisar a situação de segurança na região, destacando-se a tensão pós-eleitoral em Moçambique.
A Cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) é responsável pela orientação política global e pelo controlo do funcionamento da Comunidade, sendo, em última análise, o órgão responsável pela formulação das políticas da SADC.
Um comunicado emitido na sede desta organização regional indica que a cimeira será presidida pelo Chefe de Estado zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, na sua qualidade de Presidente da SADC, “tendo em vista a actualização da situação política e de segurança na região”.
“A Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC será precedida pela Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão da SADC, que será presidida por Sua Excelência a Dr.ª Samia Suluhu Hassan, Presidente da República Unida da Tanzânia e Presidente do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da SADC, e será igualmente antecedida pelas reuniões preparatórias, nomeadamente reunião dos Altos Funcionários da SADC, reunião do Comité Ministerial do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança e reunião do Conselho de Ministros da SADC”, explica o comunicado.
A África do Sul, maior economia da SADC, fechou a sua fronteira com Moçambique em diversas ocasiões, demonstrando a preocupação do Governo de Cyril Ramaphosa com a instabilidade no país vizinho de língua portuguesa.
Segundo a Associação de Transporte e Ferrovia da África do Sul, citada pela “DW”, o encerramento da fronteira custava à economia sul-africana pelo menos 10 milhões de rands por dia.
A crise em Moçambique também pode impactar significativamente os países vizinhos sem acesso ao mar, como a Zâmbia, o Malawi, o Congo e o Zimbabwe, que dependem fortemente dos portos moçambicanos para as suas importações e exportações.