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Cidade de Maputo tem mais casos de baixo peso nos produtos básicos

Foto: O País

Há mais casos de redução de peso de produtos alimentares e de gás de cozinha na cidade de Maputo. A informação foi, esta quarta-feira, partilhada pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), no balanço de actividades da fiscalização feita entre Abril e Agosto deste ano.

 A constatação da entidade de metrologia acontece numa altura em que o baixo peso de produtos da primeira necessidade tem levantado rumores por parte de munícipes, que se queixam de ser enganados pelos comerciantes.

O director do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade, Geraldo Albasini, que falava em conferência de imprensa, apontou que, por exemplo, um saco de batata-reno e uma botija de gás de cozinha chegam a pesar 8.9 e 8.3 quilogramas, em vez de 11 e 10 quilos, respectivamente.

Para a instituição, esta situação coloca os consumidores em desvantagem e, por isso, tem que parar.

“A redução de peso em produtos é notória na cidade e província de Maputo, uma vez que é onde existe o maior parque industrial, mas também temos casos semelhantes na cidade da Beira e alguns pontos da zona norte, onde as equipas trabalham com vigor para reverter o cenário actual”, referiu Geraldo Albasini.

Nesta primeira fase de fiscalização, correspondente ao período de 2021, o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade não aplicou multas, mas deixou uma advertência aos que continuarem relutantes em transgredir as normas.

“Se voltarmos a encontrar a mesma situação daqui a um ou dois meses, aí sim, vamos aplicar as multas. Neste momento, fizemos um trabalho mais de sensibilização e advertimos para que se corrija a situação”, disse Geraldo Albasini.

Num outro desenvolvimento, Geraldo Albasini disse que persiste, no país, a importação de produtos cujos rótulos não estão escritos em língua portuguesa, o que dificulta a compreensão das instruções.

Albasini disse que, nos últimos dois anos, o Governo tem estado a trabalhar no sentido de a rotulagem dos recipientes de produtos importados incluir o idioma português, mas o dirigente admite que os resultados ainda não são os desejados.

“O nosso apelo é que os importadores exijam aos fornecedores produtos cujas instruções também vêm em língua portuguesa”, sublinhou.

Igualmente, o Instituto Nacional de Normalização aponta que continuam índices de redução de quantidade de combustível em pelo menos 190 mililitros durante o abastecimento do líquido, um pouco por todo o país.

A título de exemplo, a instituição apontou a província de Nampula com mais casos de redução de quantidades de combustível, tendo registado 26 no período em análise.

No geral, nas suas actividades inspectivas no período em alusão, o INNOQ reprovou o peso de cerca de 204 produtos de uma amostra de 1105 colhida nas províncias de Maputo e Sofala, por apresentarem quantidades reduzidas.

Para além da batata-reno e gás de cozinha, a lista contempla outros produtos, como açúcar, farinha de trigo, massa esparguete e arroz.

Os trabalhos de fiscalização do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade retomam dentro de um ou dois meses, naquela que será a segunda fase, correspondente ao ano de 2021.

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