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Cidade de Maputo falha meta de recensear pouco mais de 728 mil eleitores

Foto: O País

Dos mais de 728 mil previstos, mais de 90 mil eleitores não se recensearam na Cidade de Maputo. Segundo a Comissão Provincial de Eleições, muitas pessoas só afluíram aos postos nos últimos dois dias. Contudo, o órgão diz estar satisfeito com os resultados obtidos.

A previsão era que, em 45 dias, os 190 postos existentes na Cidade de Maputo recenseassem pouco mais de 728 mil eleitores. Findo o processo, a CNE fala de pouco mais de 635 mil inscritos, o que corresponde a 87% da meta.

A presidente da Comissão Provincial de Eleições, Ana Chemane, explica que, em causa, podem estar motivos relacionados com o êxodo urbano.

“A Cidade de Maputo é a capital de saída, de certa forma, devido ao custo de vida e a outros motivos, porque as pessoas crescem e vão à procura de novas oportunidades. O Distrito Municipal KaMaxaquene é um exemplo prático”, disse.

Ana Chemane explicou ainda que “a previsão que tínhamos é um dado definido pelo Instituto Nacional de Estatística há cinco anos. Esse tempo é muito para, efectivamente, o número oscilar. Poderia ter si dado o caso de excedermos o número, o que também seria um problema, mas é preciso entendermos essa dinâmica de êxodo rural”.

Por esse motivo, a presidente da Comissão Provincial de Eleições diz que não há espaço para espanto.

“É um dado que nos preocupa porque não atingimos a meta, mas não ficamos tão preocupados no sentido de dizer que os dados não são fiéis por causa desse numero”, afirmou.

Outro facto é que só houve muita afluência nos últimos dois dias do processo.

Em relação às irregularidades, como postos de recenseamento sem condições para pessoas com deficiência e eleitores que desejavam inscrever-se longe dos seus círculos eleitorais, Ana Chemane diz que foram ultrapassados com diálogo.

Apesar de não ter alcançado a meta, a Comissão Provincial de Eleições diz-se satisfeita com os resultados obtidos do processo que terminou no último sábado.

“Nós, na Cidade de Maputo, damo-nos por felizes, o nosso processo foi tranquilo, digamos, livre, justo e transparente”, afirmou a fonte, acrescentando que o passo seguinte é a exposição de cadernos eleitorais, que decorre a partir desta segunda-feira até ao dia 8 deste mês, com o objectivo de permitir fazer correcções de possíveis erros que os eleitores constatem nos seus cartões.

Em todo o país, a CNE previa recensear cerca de 10 milhões de eleitores. Até ao momento, somente a província de Niassa e a Cidade de Maputo apresentaram o balanço do processo.

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