O País – A verdade como notícia

Cidade da Beira irá beneficiar-se de mais valas de drenagem

Arranca, em finais do próximo ano, a reabilitação de mais duas valas de drenagem na cidade da Beira e a construção da segunda bacia de retenção das águas pluviais, no âmbito da segunda fase do projecto de drenagem no Chiveve financiado pelo Banco Mundial.

Há sete anos, arrancou, na cidade da Beira, o projecto de reabilitação das valas de drenagem, sendo que a primeira fase terminou em 2020 com a ampliação e revestimentos das principais valas de drenagem da urbe e a construção de uma bacia de retenção.

É uma iniciativa que visa minimizar o impacto das inundações que ocorrem com mais frequência e cada vez mais devastadoras, devido aos efeitos das mudanças climáticas.

A segunda fase, que abrange mais duas valas de drenagem dos bairros Matacuane, Macurungo, Macúti e Chota, também com a ampliação destas valas, arrancará em finais do próximo ano. Para a concretização do projecto, arrancou há cerca de dois meses o estudo ambiental e, ontem, Município da Beira, dono da iniciativa e vários parceiros, com destaque o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, iniciaram a auscultação pública da iniciativa.

“Neste momento, quando estamos na fase de se fazer este trabalho, tem que se entrar nos quarteirões porque há outras valas e outros moradores também começam a tapar aquelas valas”, explicou Machelo Manuel, residente em Matacuane.

Quem também se mostra satisfeito com as obras é João Lourenço, residente em Chota. “O projecto é bem-vindo ao nosso bairro. O nosso bairro precisava deste projecto. Temos visto, quando há cheias, as pessoas a passarem mal”, notou.

Esta auscultação pública vai culminar com a emissão da licença ambiental do projecto, cujo consultor que está a elaborar o desenho executivo é uma empresa portuguesa. Nesta segunda fase, será igualmente construída uma outra bacia de retenção.

“Vamos ter a cidade protegida com duas unidades de controle de comportas. Isto vai-nos proteger quando tivermos grandes problemas de água dentro da cidade”, assegurou Paulo Óscar, da Administração de Infra-estruturas de Agua e Saneamento (AIAS) / executor do projecto

O estudo de viabilidade do projecto poderá estar pronto até final deste ano e o concurso público será lançado em meados do próximo ano e as obras poderão iniciar-se em finais do próximo ano ou princípios de 2024.

Neste momento, a maior preocupação está relacionada com as construções desordenadas ao longo das bermas das valas de drenagens abrangidas nesta fase.

“Vamos tentar minimizar os custos e impactos. Há casas precárias que foram construídas, portanto, na Orla onde as nossas máquinas têm que roncar. Essas pessoas terão que ser retiradas e concessionadas alguns terrenos. As pessoas já foram alistadas. Temos, posso garantir, terrenos para as pessoas”, garantiu Augusto Manhoca, vereador de infraestruturas no Município da Beira.

Esta segunda fase está a ser financiada totalmente pelo Banco Mundial, em cerca de 60 milhões de dólares e o Estado moçambicano irá contribuir com a isenção de impostos.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos