Milhares de argentinos protestaram em mais de 120 cidades do país contra a quarentena mais prolongada do mundo e contra a estratégia do governo de avançar contra as liberdades e a favor da impunidade na corrupção.
Nas principais praças e avenidas do país, milhares de bandeiras argentinas eram agitadas, enquanto as panelas em protesto misturavam-se às buzinas dos automóveis em caravanas, tal como descreve o Notícias ao Minuto.
“O governo viola todos os dias a constituição. Não temos liberdade para circular nem para trabalhar. Cada vez mais, limitam os nossos direitos. Precisamos que a Justiça seja independente. Peço, por favor, que o mundo olhe para o que está acontecer na Argentina. Estão a acabar com o país. Não temos liberdade e não é por culpa da pandemia”, disse um dos manifestantes, citado pelo Notícias ao Minuto.
Apesar das urgências sanitárias e económicas do país depois de 207 dias de confinamento, o mais longo do mundo, estendida até, pelo menos, 25 de Outubro corrente, o governo avança com uma agenda sem contacto com as prioridades do país.
No Parlamento, a vice-presidente Cristina Kirchner avança com uma reforma do judiciário cujo objectivo, acusam os manifestantes e juristas, é a de garantir a sua impunidade perante os processos por corrupção que a perseguem.