Dois óbitos, 2934 casas afectadas das quais 450 completamente destruídas, foi o resultado do ciclone Kenneth na província de Cabo Delgado. A tempestade desalojou temporariamente cerca de 16 mil pessoas, que há dois dias, vivem nos centros de acomodação.
Apesar de ter provocado mortes e destruído várias infraestruturas, o impacto do ciclone Kenneth foi muito reduzido de acordo com a avaliação preliminar do governo central, que esperava uma tragédia segundo as previsões meteorológicas.
"O impacto do ciclone não foi bastante severo. Infelizmente perdemos duas pessoas mas isso deveu-se ao fato de na sua maioria, os cidadãos terem acatado as orientações que foram dados pela autoridades locais, as rádios comunitárias e outras se engajaram a mobilizar pessoas a se retirar para locais de abrigo" anunciou Carmelita Namachulua, Ministra da Administração Estatal e Função Pública.
Para facilitar assistência às vítimas do Kenneth, sobretudo as que estão isoladas na zona norte da província na sequência da queda da ponte sobre o rio Muagamula, e algumas famílias da ilha do Ibo e Quissanga, onde as vias de acesso estão em péssimas condições, o governo disponibilizou um meio aéreo, mas ainda não começou a transportar ajuda humanitária, devido ao mau tempo.
"Deus queira que não tenhamos muita ventania para que a avioneta comece a levar alimentos para Ibo, Quissanga, Mocímboa da Praia e Macomia" acrescentou a ministra.
O governo ainda não baixou o alerta vermelho, e segundo previsões, o Kenneth pode dissipar-se completamente no próximo domingo, 28 de Abril, mas alguns afectados começaram a regressar as suas casas, para alegadamente evitar roubos dos seus bens.