O fenómeno atingiu Madagáscar, esta terça-feira, com ventos que se aproximam aos 200 km/h e chuvas de mais de 300 mm em 24 horas. Estima-se que o ciclone entre no canal de Moçambique rumo ao continente, esta quinta-feira.
Depois de uma longa viagem pelo Sul do Oceano Índico, o ciclone tropical intenso, denominado Freddy, alcançou o Madagáscar ao fim do dia desta terça-feira, com ventos e chuvas fortes.
Na sua trajectória, já foi considerado uma tempestade tropical e um evento com a força equivalente a um furacão, no entanto, tem vindo a perder forças.
O seu primeiro alvo foram as Ilhas Maurícias, que, apesar da intensidade do fenómeno, não registaram danos consideráveis ou vítimas mortais.
Cenário diferente pode-se registar em Madagáscar. A capital, Antananarivo, poderá ser fustigada por chuvas que podem chegar aos 300 mm, muito acima do normal, em 24 horas, e rajadas de vento que podem chegar aos 200 km/h.
A partir de sexta-feira, na sua passagem pelo canal de Moçambique, está previsto que Freddy provoque chuvas intensas, ventos fortes e agitação marítima, podendo causar inundações costeiras nas áreas mais vulneráveis de Sofala, Zambézia, e Inhambane, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.
“No dia 22, ele sai do interior da ilha de Madagáscar para o canal de Moçambique, onde vai fortificar-se e influenciar o estado do tempo com ventos tempestuosos e chuvas abundantes. Estamos a falar de precipitação acima de 100 milímetros em 24 horas e ventos com rajadas acima de 150 km/h, e o risco de inundações é maior”, explica Júlio Langa, meteorologista do INAM.
As previsões indicam que este sistema poderá decorrer pelo menos até domingo, sendo que, nessa altura, já estará a afectar outros países, nomeadamente África do Sul, eSwatini, Botswana e Zimbabwe.