Quatro campas de um cemitério tradicional no bairro Mateus Sansão Muthemba em Tete desabaram por conta da erosão provocada pelas chuvas. Entretanto, familiares de entes queridos sepultados no referido Cemitério, consideram a situação de imoral e pedem a rápida correção do problema.
A cidade de Tete registou, nas últimas vinte 24 horas, muita chuva, acompanhada de ventos fortes. O fenómeno não poupou nem os mortos. É que parte dos solos de um cemitério tradicional conhecido como cemitério Chimadzi cedeu, e quatro túmulos afundaram por conta da erosão causada pelas chuvas.
Moradores e familiares de entes queridos, sepultados no referido Cemitério, relataram que o problema de erosão é antigo, mas, neste ano, foi mais grave, pois, pela primeira vez, houve desabamento de túmulos.
A falta de um muro de vedação no cemitério também preocupa os moradores que habitam e exercem trabalhos nas proximidades, pois alegam que nunca tinham visto o cemitério tão abandonado. Aliás, na altura que gravamos esta matéria de reportagem, um rebanho de cabras, invadiu o cemitério e causou estragos nas campas.
Já na cidade de Moatize, os cemitérios sob gestão do município apresentam um cenário crítico de falta de manutenção e higiene. O capim e o lixo tomaram conta de muitos túmulos, transmitindo a ideia de abandono. No cemitério municipal do bairro 5, por exemplo, parte das campas, sobretudo de crianças, apenas têm cruzes e outros objectos.
Assustados com o cenário, familiares de entes queridos, dizem estar arrependido de terem sepultado seus parentes no referido cemitério
Sobre o assunto, o presidente do conselho municipal de Moatize, Carlos Portimão, culpa os os próprios familiares.
Refira-se que em 2023, o município de Tete fez saber que estava um plano de requalificação dos cemitérios municipais e tradicionais.