O seleccionador nacional de futebol, Chiquinho Conde, elogiou, numa entrevista ao jornal A Bola, as novas funções de Geny Catamo, no sistema do recém-contratado técnico do Sporting, Rui Borges.
Segundo cita A Bola, Chiquinho Conde afirma que o internacional moçambicano “Tem tudo para crescer e ser mais decisivo em zonas mais adiantadas”.
Para Conde, Geny Catamo é um orgulho do povo moçambicano.
A entrevista do seleccionar dos Mambas, que garantiu a segunda presença concecutiva no CAN, foi publicada em jeito de notícia depois de Geny Catamo ter voltado a decidir um dérbi, em Lisboa, entre o Sporting e o Benfica.
“Pela segunda vez. Porém, com um papel diferente daquele que ofereceu na era Ruben Amorim na época passada. Desta vez, o ala direito subiu no corredor e foi aposta em zonas mais adiantadas como um extremo no sistema de 4x4x2 de Rui Borges. Uma função que, de resto, há muito desempenha na selecção de Moçambique. Nesse sentido, em conversa com A Bola, Chiquinho Conde, seleccionador moçambicano e antigo jogador dos leões, destacou a importância que poderá ter nessa nova posição”, pode-se ainda naquele jornal: “Estava convencido até que ele dissesse no flash que estava habituado a jogar ali na selecção”, escreve A Bola, “começou por dizer Chiquinho Conde, em tom de brincadeira, fazendo comparações com aquilo que pede ao leão na selecção”.
Para Chiquinho Conde, ganhar coragem num clube grande não é fácil, pois o jogador de futebol, muitas vezes, tem receio de errar e tenta fazer o mais simples. “Digo-lhe para ir além dos outros”, acrescentou Conde ao jornal.
«Dou-lhe sempre a liberdade de ele poder jogar no último terço do campo, fazer uma espécie de jogo de rua, ir para cima do adversário, romper um pouco com as regras. Muitas vezes existe um estilo-tipo, de régua e esquadro, de passa e vai, e ele pegou bem nesse pormenor. Tem esse estilo de futebol de rua e isso é já um caso raro. Confesso que me faz um pouco de confusão porque actualmente é tudo muito formatado, de toque e passe, de movimentos de roptura, e não há situações de desequilíbrio em termos individuais», escreve A Bola.
Ainda na matéria do jornal A Bola, Chiquinho Conde sublinha que “‘Todo o adversário já sabe que ele faz a finta para dentro para depois rematar com o pé esquerdo. Disse-lhe que teria de reinventar-se nesse aspecto e fazer o mesmo em dois tempos. Para fora e depois para dentro. E ele fez isso na primeira parte, com vários cruzamentos’, constatou, acreditando numa evolução: ‘A jogar ali vai ter mais chegada à área onde joga sempre na selecção. A extremo ou na posição 10. Tem tudo para crescer neste sistema. E tem essa cultura de baixar e fazer corredor todo e pode também jogar numa linha de 5 porque a tendência é ajudar na transição ataque/defesa”.