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Chiquinho Conde: “É mais um percurso só na nossa etapa”

O seleccionador nacional de futebol, Chiquinho Conde, era naturalmente um homem feliz no final do embate diante da Zâmbia. Conde agradeceu a todo grupo de trabalho pelo empenho, deixando claro que o sucesso é resultado de um espírito de grupo com coesão. “Primeiro, quero dar os parabéns à minha equipa, estrutura e todos aqueles que têm vindo a trabalhar comigo desde que abracei esta missão.”

Conde reconhece que o adversário nesta eliminatória para o CAN Interno era um adversário complicado, até porque o seu historial e, acima de tudo, vantagem nos confrontos directos dão claras indicações do nível dos “Chipolopolo”.

Mas, segundo o técnico, sempre acreditou que era possível ultrapassar os zambianos com trabalho e humildade.

“Sabíamos que era uma missão espinhosa. Quando surgiu a Zâmbia como adversária, nesta eliminatória do CHAN, muita gente não acreditou”, recordou Chiquinho Conde.

O seleccionador nacional de futebol diz que a interrupção do Moçambola era necessária, porquanto havia que se fazer um trabalho mais aturado para alcançar o sucesso.

“Nós tivemos a ousadia de levar a seleção para o Torneio COSAFA. Pedimos à Liga Moçambicana de Futebol e à Federação Moçambicana de Futebol, e agradeço por isso, para que se parasse o campeonato. Muitos tentaram crucificar-me, e eu percebo, porque o campeonato seria interrompido por muito tempo. Mas porque a causa nacional estava acima de todas as outras questões e, para mim em particular, há valores muito altos na minha vida. E o valor mais alto, em termos desportivos, chama-se selecção nacional. E, como tal, está sempre acima de todos interesses, inclusive dos clubes”, disse Conde, para depois agradecer aos seus colegas de profissão que orientam as formações do Moçambola.

“Aproveito para agradecer a colaboração de todos os treinadores do Moçambola, porque só trabalho, neste caso, com jogadores do campeonato nacional. Recebi os jogadores em condições que recebi e pudemos trabalhar arduamente dentro deste tempo, fazendo três jogos em cinco dias na Taça Castle. Não conseguimos os nossos intentos, nem conseguimos chegar à final, mas o nosso foco nunca foi mudado, era em função da nossa preparação para esta qualificação.”

Aos atletas, principais artistas, vai uma palavra de apreço pelo desempenho e profissionalismo: “Os jogadores foram briosos, incansáveis; souberam ouvir muitas vezes meus palavrões. Mas, com humildade e muito empenho, conseguimos este feito que muitos nem sequer acreditavam, mas a caminhada faz-se caminhando. É mais um percurso só na nossa etapa, porque esta geração de jovens, ao acreditar no seu potencial, pode dar um salto. Ao acreditar que conseguem juntos, até porque a selecção não é de Chiquinho Conde, mas de todos”, destacou.

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