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Chico deixa de ser “locomotiva” e passa a ser “leão”

É o fim do casamento de nove anos que ligava Francisco Muchanga, ou simplesmente Chico, ao Clube Ferroviário de Maputo. Não houve entendimento na hora da renovação do contrato e o jogador optou por seguir seu caminho, deixando para trás os nove anos de verde-e-branco ao peito, onde vezes sem contas chegou a ser o maquinista-mor, capitão da “locomotiva”, que este ano falhou todos os títulos que disputava.

O internacional moçambicano não conseguiu a renovação com os “locomotivas” da capital do país e ruma para outros desafios, nomeadamente para a viznha África do sul, onde vai representar o TS Sporting, da segunda divisão.

Esta saída surge depois do jogador ter mantido encontros com a direcção da sua equipa, nomeadamente com Teodomiro Ângelo, presidente de direcção, e Osvaldo Benzane, vice-presidente. Nesses encontros não houve consensos e o jogador optou por sair.

Falando a um jornal desportivo da praça, o vice-presidente do Ferroviário de Maputo disse que Chico entendera que era chegado o momento para dar outro salto na sua carreira futebolística, tendo pesado a proposta tentadora que o seu novo emblema oferecera e que, por via disso, o Ferroviário não quis fechar-lhe as portas, acabando por aceitar a decisão do internacional moçambicano. “Não há zanga entre comadres”, disse Osvaldo Benzane, ao referido jornal desportivo, deixando espaço para um possível regresso do jogador peculiar para a defesa central “locomotiva”.

“Confirmamos este facto de que a partir da próxima época não vamos contar com o jogador que chegou ao fim do seu contrato e, apesar de todas as tentativas para renovarmos o contrato, não chegamos ao acordo, porque queria de assumir novos compromissos. Não quisemos cortar-lhe as pernas para as suas pretenções e acabamos entendendo o seu ensejo. Estamos a falar de um atleta exemplar, de carácter e frontal”, disse Osvaldo Benzane ao jornal Desafio.

Ademais, esta saída foi facilitada pela direcção do Ferroviário de Maputo, que assegura que o jogador “teve o discernimento de nos pôr a par tudo o que pretendia e como direcção resta-nos felicitar o jogador pelos anos que serviu o clube com zelo e dedicação”. Até porque “prometeu-nos que em Moçambique só representaria o Ferroviário e, quando assim, é as portas sempre estarão abertas se pretender regressar”, assegurou Osvaldo Benzane.
Com a camisola 22, Chico fez dupla com Jeitoso e graças as suas boas prestações no Ferroviário de Maputo, ao longo dos tempos, foi chamado a representar a selecção nacional de futebol, os Mambas, por nove ocasiões, com destaque para as duas últimas aparições, nomeadamente diante do Quénia, em jogo particular em que os Mambas venceram a tangente, e contra Cabo Verde, em Praia, em Novembro, num jogo que terminou com emapte a dois golos.

De Ferroviário de Maputo ao peito, Chico conquistou apenas um título de campeão nacional, nomeadamente em 2015, para além de ter perdido duas taças de Moçambique, em 2014 e 2019, curiosamente na última vez que foi convocado pelo Ferroviário de Maputo, embora não tenha tido oportunidade de se despedir em campo.

 

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