O País – A verdade como notícia

Chaquir Bemat bate com a porta da “locomotiva” de Nacala

O treinador do Ferroviário de Nacala, Chaquir Bemat, não aguentou a pressão dos adeptos e pediu demissão, mesmo antes do Moçambola iniciar. É o primeiro caso de saída de um técnico de um clube, ainda na pré-época, esta temporada

Moçambola 2025 ainda nem tem data para o seu arranque e já há clubes que perdem seus treinadores. Uma pré-época atípica, cujo período estende-se cada vez mais, uma vez que o arranque do campeonato nacional foi adiado para o mês de Abril, contrariamente a finais de Março, data inicialmente agendada.

Os clubes vão fazendo a sua pré-época e em Nacala já há um treinador que bateu com a porta devido à pressão dos adeptos.

Chaquir Bemat não aguentou a pressão dos adeptos que em todas sessões de treinos enchiam as bancadas do campo da Bela Vista, onde tem estado a trabalhar, com exigências em relação à prestação dos jogadores.

Outro factor que contribuiu para que o técnico batesse com a porta foram os resultados alcançados na presente pré-época, nomeadamente os últimos jogos, onde perdeu por 3-0 diante do homónimo de Nampula, e por 4-3, na marca das grandes penalidades, depois do empate a um golo no tempo regulamentar, frente ao rival de Nacala, o Desportivo, em ambos jogos inseridos num quadrangular local.

Nem mesmo as contratações feitas pela direcção do clube, nomeadamente o guarda-redes Manuel Tivane (ex-Ferroviário de Maputo), Mapangane (ex-Black Bulls), Sataca Jr. (ex-Baía de Pemba), Eládio e Pauluana (ex-Ferroviário de Lichinga), Miter e Betinho (ex-Associação Desportiva de Vilankulo), Brito (ex-Estrela Vermelha de Maputo), Dinis (ex-Ferroviário de Nampula), Kito (ex-Maxaquene), Yude e Mário (ex-Ferroviário de Maputo), Adnane (ex-Brera de Maputo) e mais recentemente Sidique, ido da União Desportiva de Songo.

O facto é que os “locomotivas” de Maiaia não tem conseguido encontrar um equilíbrio dentro das quatro linhas, mesmo contando com os experientes jogadores que integram o plantel.

A direcção do clube ainda não deu uma confirmação oficial da saída de Chaquir Bemat e nem mesmo avança com possíveis nomes para a sua substituição, numa altura em que se aguarda pelas novas datas para o arranque do Moçambola-2025.

Para além da data do arranque do campeonato nacional, a Liga Moçambicana de Futebol ainda não agendou divulgou a data para a realização da Assembleia geral, que vai debater questões relacionadas com a gestão do Moçambola, quer em termos de actividades, bem como do orçamento.

Sabe-se, porém, que o défice orçamental de mais de 30 milhões de meticais, bem como a falta de transporte aéreo para ligações de clubes, são apontados como os principais motivos para que a prova máxima do futebol nacional não tenha ainda data do seu início.

Anúncio da 14ª equipa do Moçambola é outro entrave

Para além dos argumentos apresentados acima, a Liga Moçambicana de Futebol ainda não tem o número definitivo de clubes que vão disputar o Moçambola-2025, uma vez que a 14ª equipa, o Brera Tchumene, desistiu da prova no mês passado.

Assim, de acordo com a Federação Moçambicana de Futebol, citado pelo Jornal Notícias, esta semana poderá ser anunciada a equipa que vai completar o leque os participantes na prova, uma vez que se espera pelo pronunciamento da Comissão de Licenciamento de Clubes em relação aos clubes convidados para preencher a vaga.

No caso espera-se pela definição do clube que terá concluído o processo de licenciamento entre os finalistas das poules do ano passado, nomeadamente Incomáti de Xinavane, pela zona sul, Matchedje de Mocuba, pela região centro, e Sporting de Nampula, no norte, para além do Textáfrica, despromovido da prova na época passada.

Ou seja, quem tiver o processo totalmente concluído poderá ser a 14ª equipa a participar do Moçambola-2025.

 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos