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Chapo vai implantar fábricas de processamento agrícola para jovens em Nhamatanda

Foto: O País

O candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, prometeu, esta tarde, pontenciar o desenvolvimento agrícola na província de Sofala, sobretudo na Vila de Nhamatanda, onde fez comício, este domimgo. A estratégia de Daniel Chapo é implantar grandes empresas e fábricas de processamento agrícola, que vão empregar os jovens, uma vez que a região é “altamente” produtiva.

No segundo dia da campanha, o candidato presidencial da Frelimo escolheu Nhamatanda para fazer o seu comício, por se identificar com o sofrimento das pessoas da região.

“Já passei fome. Passei dia e noite a comer o que havia. Comia frutas da floresta para conseguir sobreviver. Por isso, hoje, que sou candidato, quando lembro desse sofrimento, o sofrimento do povo, isso toca o meu coração”, disse Chapo.

Por reconhecer o sofrimento do povo, prometeu dias melhores. “Por esse sofrimento que passei tenho experiência que a situação vai mudar. Eu sempre tenho esperança que tudo vai mudar e esta é a esperança que tenho no meu coração, para o povo moçambicano. Dias melhores virão”, assegurou.

Chapo, defensor do “desenvolvimento com recursos próprios”, justificou que “Nhamatanda é uma terra rica em agricultura. Nhamatanda produz gergelim, milho, tomate, cebola, Nhamatanda produz tudo. Por isso, vamos trazer grandes empresas para aumentar aprodução e a produtividade”, disse.

Chapo, reconhecendo a fragilidade que o país tem sobre os índices de desemprego, que também afecta a juventude de Nhamatanda, aprofundou um pouco mais as suas estratégias sobre mais empregos.

“A primeira preucupação dos jovens é o emprego. Vamos precisar de fábricas pequenas e grandes. É nestas fábricas que os jovens que trabalham nestas machambas vão trabalhar”.

 

Chapo pede unidade no combate ao terrorismo

A situação do terrorismo em Cabo Delgado está dentro das prioridades do manifesto eleitoral do candidato presidencial da Frelimo, que assume a situação como colectiva, ou seja, “é de todos os moçambicanos”.

Chapo apelou uma vez mais, durante o seu comício em Nhamatanda, que os moçambicanos devem estar unidos não só para o terrorismo, mas também para o desenvolvimento de todo país, pois entende que “nenhum país é capaz de desenvolver sem paz”.

“Temos de estar unidos para haver paz em todo o país. Cortar Cabo Delgado é como cortar um dedo do meu pé. Por isso, o sofrimento dos nossos irmãos é o nosso sofrimento. Temos de nos unir como povo para acabar este mal, tal como o colonialismo e a guerra dos 16 anos, que acabou em um acordo de paz. O terrorismo tem de acabar porque sem a paz não há desenvolvemento”.

Chapo diz que vai criar “Banco do Povo”

Daniel Chapo reconhece que há dificuldades para começar devido à falta de acesso ao financiamento, mas considera que, com a sua eleição, o problema será resolvido, pois todos os moçambicanos terão iguais oportunidades de acesso aos empréstimos para os seus negócios.

“Projectamos um banco de desenvolvimento. Um banco do povo para emprestar dinheiro aos jovens, mulheres e homens para fazerem negócios”.

Também elogiou a capacidade de gestão de negócios que a mulher tem. “A mulher é grande gestora, tem força, tem determinação (…). Dar dinheiro à mulher… o dinheiro vai estar em boas mãos, porque elas cuidam dos negócios, cuidam dos filhos, irmãos, pais, sogros e maridos”, complementou.

Chapo promete facilidade no acesso à habitação

O candidato presidencial da Frelimo diz que a juventude estará em boas mãos, pois o “único candidato jovem” pensa em soluções para os jovens, que têm imensas dificuldades de ter uma casa.
“Porque quem casa, quer casa! Temos duas soluções. A primeira é construir casas para os jovens, que vão trabalhar nestas empresas que vamos trazer. Estes jovens vão entrar nas suas casas e nos salários deles vão pagar por 20, 30 anos, enquanto vivem nas suas casas”, prometeu.

As casas, segundo o candidato, devem reunir as condições necessárias. “A segunda solução é localizar um terreno para as três coisas que os jovens não conseguem fazer chegar. A cada terreno vai chegar uma estrada, água canalizada e energia para oferecermos aos jovens”, acrescentou.

“Corrupção não deve ser normalizada”

A corrupção é um mal que não deve ser normalizada, defendeu Chapo. “Temos de aprovar leis para condenar os corruptos e não podemos tolerar coisas anormais”, disse. Ainda deu exemplos, “Quando a pessoa procura emprego, é porque não tem dinheiro. Como é cobrado dinheiro?”, questionou.

 

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