Pelo segundo dia consecutivo, o candidato da Frelimo trabalhou, este domingo, na província de Niassa. Iniciou as acções de “caça ao voto” escalando a vila autárquica de Insaca, sede do distrito de Mecanhelas, que se situa no sul de Niassa, junto à fronteira sul com o vizinho Malawi.
Para além de Insaca, ainda neste domingo, Daniel Chapo, escalou os distritos de Ngaúma e Mandimba, com o objectivo de divulgar o seu manifesto eleitoral, com vista a alcançar o maior número possível de votos para si e para o seu partido nas eleições do próximo dia 9 de Outubro.
No comício que dirigiu em Insaca, Daniel Chapo apresentou-se como o candidato mais experiente, dentre os quatro que concorrem a Presidente da República, na gestão da coisa pública e para dirigir o povo e resolver as suas preocupações. Chapo diz que os outros três nunca foram, pelo menos, secretários de bairro, chefes de 10 casas e nem sequer já geriram uma barraca, e equipara isso a entregar um autocarro com passageiros a um motorista que nunca conduziu e nem carta de condução tem. O candidato presidencial da Frelimo diz que ele, porém, foi visto a governar em Nacala-a-Velha, em Palma e em Inhambane e, por isso, os eleitores de Mecanhelas devem confiar os destinos de Moçambique a si e à Frelimo.
Daniel Chapo recordou aos presentes que os sucessivos governos da Frelimo construíram em Mecanhelas três centros de saúde em diferentes localidades. Foram, igualmente, construídas novas salas de aula na Escola Secundária de Chissawa. Em Charanda, foi construída uma escola básica, foram instaladas fontes de água em diferentes localidades, para além de um sistema de aviso prévio em caso de calamidades. A seguir, perguntou se alguém, além da Frelimo, terá ido a Mecanhelas construir escola, hospitais e dar água à população? E a resposta foi não.
E, para Chapo, isso significa que só a Frelimo conhece e resolve as preocupações do povo moçambicano e reconhece que, ao resolver uma preocupação, sempre surgem outras para a Frelimo resolver. Por conta disso, enumerou as preocupações de Mecanhelas que, caso seja eleito, vai procurar resolver.
O candidato da Frelimo disse que sabe que há necessidade de asfaltagem da estrada Insaca-Cuamba e, sendo Mecanhelas o distrito mais populoso da província de Niassa, considera o candidato, é preciso construir um hospital distrital. E ainda promete a construção das estradas Insaca-Etária e Insaca-Entre Lagos para reduzir a dependência do distrito em relação ao Malawi.
Por outro lado, enumerou diferentes distritos de Mecanhelas que devem ser electrificados e ainda quer que seja reabilitado e ampliado o sistema de abastecimento de água na vila de Insaca.
Ainda este domingo, Daniel Chapo escalou o distrito de Ngaúma e terminou o dia na vila autárquica de Mandimba, onde, em comício, recordou à população local que, há poucos anos, não havia estrada naquele distrito e foi o Governo da Frelimo que construiu as estradas Mandimba-Cuamba e Mandimba-Lichinga. E graças ao esforço do partido Frelimo, mesmo com chuva, os cidadãos viajam à vontade de Mandimba para Cuamba e/ou Lichinga e regressam à casa no mesmo dia, o que antes da estrada não era possível.
Falou, outrossim, da central eléctrica construída em Mitande, da reabilitação da linha férrea e da reabilitação do sistema de abastecimento de água que será entregue dentro de dias. Chapo disse que o seu partido vai a Mandimba de dia porque tem estes resultados da sua governação para mostrar ao povo, ao contrário dos outros, que só chegam a Mandimba de noite. O candidato presidencial acusa os seus adversários de nem pelo menos uma escola ou hospital de capim não conseguirem ir construir naquele distrito desde as últimas eleições de 2019.
No entanto, disse reconhecer que o povo tem ainda mais preocupações por resolver, e é por isso que a Frelimo sabe que falta, em Mandimba, a construção de um hospital distrital de raiz, para que deixe de ser necessário transferir doentes graves para Lichinga e/ou Cuamba. Disse que ele sabe que a população quer a construção de uma escola secundária, de um instituto médio e de uma universidade.