O sector da Educação em Sussundenga, província de Manica, necessita de cinco mil carteiras escolares, para tirar do chão cerca de mil alunos que estudam em condições precárias no distrito.
O pequeno Lucas Patrício tem o exercício diário de carregar um banquinho e mochila para escola primária de Chicueo, onde estuda a terceira classe, numa sala improvisada. Este é o terceiro ano que estuda nestas condições. Numa clara situação de habituar o sofrimento, diz ser já fácil para si.
Já Reginaldo Castiano, que frequenta a quinta classe, não esconde a sua insatisfação em estudar nas condições de improviso devido a falta de sala, carteira e até quadro. “É um pouco difícil pegar um caderno e escrever”, reclamou.
O Município de Sussundenga diz ter-se sensibilizado com a situação, e, por isso, decidiu construir, na escola de Chicueio, um bloco de três salas de aula, que poderá aliviar o sofrimento de pelo menos 700 alunos dos 20 mil que estudam em situação precária, em todo o distrito de Sussundenga.
“Este marco não será apenas um edifício físico, mas também é o lugar onde, nós como município, confirmamos que vão partir, deste local, muitos quadros. Vão partir muitos engenheiros, muitos médicos, muitos professores, entre outros profissionais que podemos encontrar no ramo do emprego”, disse Manuel Sumila, edil de Sussundenga.
A edilidade de Sussudenga diz estar igualmente preocupada com pessoas carenciadas e que vivem em situações de vulnerabilidade. Por isso, construiu uma casa para um idoso, chefe de uma família de 10 elementos, que vivia numa cabana.