Cerca de 46 por cento dos moçambicanos ainda vivem sem acesso à energia eléctrica. O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, desafia, por isso, o Fundo Nacional de Energia a desenvolver acções para garantir energia às pessoas sem depender da rede eléctrica nacional.
Adriano Maleiane conferiu posse, esta quarta-feira, à nova presidente do Conselho de Administração do Fundo Nacional de Energia (FUNAE), Isália Munguambe Dimene.
A nova responsável é quadro do FUNAE há mais de 20 anos e vinha desempenhando as funções de administradora para o pelouro de projectos.
Durante a tomada de posse, Adriano Maleiane exigiu da nova titular que mobilize financiamento para energias limpas e, desta forma, ajudar no alcance da meta de acesso à energia para todos os moçambicanos até 2030.
“Até ao ano passado, 2023, os diversos programas e projectos de electrificação implementados pela rede eléctrica nacional e nos sistemas isolados permitiram que 54% da população moçambicana passasse a ter acesso à energia eléctrica”, recordou Maleiane.
O primeiro-ministro disse, ainda, que “o nosso compromisso é levar energia cada vez mais aos moçambicanos, a fim de alcançarmos a meta de acesso universal à energia em 2030” e frisou que “as energias serão importantes para o alcance deste desiderato”.
Da nova presidente do FUNAE, o Governo exige, igualmente, “o cumprimento da inclusão de energias novas e renováveis na electrificação do país, conforme preconizado no Plano Quinquenal do Governo; foco no alcance das metas de electrificação das sedes dos poros administrativos, bem como na mobilização de financiamento para os projectos conducentes à meta da universalização do acesso à energia em 2030”.
Maleiane destacou o trabalho desenvolvido por Manuela Joaquim Rebelo, PCA cessante.
Entretanto, para fazer face às exigências colocadas, Isália Dimene afirma que o Fundo de Energia já trabalha em coordenação com o sector privado, tendo-o como actor-chave no uso e expansão dessas energias.