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Cerca de 4,3 milhões de moçambicanos necessitam de assistência urgente

Cerca de 4,3 milhões de pessoas vão precisar de assistência humanitária urgente e proteção, este ano, em Moçambique, segundo o relatório do Grupo de Segurança Alimentar das Nações Unidas, que alerta para o défice no financiamento.

De acordo com o relatório do Grupo de Segurança Alimentar, criado em 2011 e liderado conjuntamente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), a crise humanitária é resultado dos ataques terroristas no norte de Moçambique, com cerca de 763 324 afectados, e os eventos climáticos extremos como a seca e os ciclones, que já afectaram mais de 3,5 milhões pessoas.

“Em Abril, estima-se que mais de 461 745 pessoas foram deslocadas internamente em Moçambique devido ao conflito, nas três províncias do norte, e 701 462 teriam retornado de áreas de deslocamento”, explica.

Odocumento aponta ainda que a insegurança alimentar no país deverá piorar devido à combinação de choques climáticos, conflitos e esgotamento das reservas alimentares.

Citando a última análise da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), divulgada em Janeiro, o relatório do Grupo de Segurança Alimentar avança que quase cinco milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda grave (IPC Fase 3 ou superior) entre Outubro de 2024 e Março de 2025.

De acordo com o grupo, até agora, foram desembolsados apenas 11% do total de 392 milhões de dólares necessários para assistir cerca de 2,16 milhões de pessoas.

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