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Seca matou cerca de 43 mil pessoas em 2022 na Somália

Foto: DW

Cerca de 43 mil pessoas morreram, no ano passado, vítimas de seca na Somália, de acordo com um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), citado pelo Notícias ao Minuto.

As autoridades nacionais estimam que metade dessas mortes serão de crianças com menos de cinco anos de idade.

O relatório, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Unicef e pelo London School of Hygiene and Tropical Medicine, refere ainda que entre 18 mil a 34 mil pessoas deverão morrer nos primeiros seis meses de 2023. Ou seja, se no ano de 2022, os números foram históricos, em 2023 as organizações preveem que este número seja ultrapassado nos primeiros seis meses do ano.

“A crise actual está longe de estar terminada”, afirmam as autoridades.

Esta é a primeira contagem oficial às mortes causadas pela seca extrema que está a atingir várias zonas no Corno de África, incluindo no Quénia e na Etiópia, que vivem a sexta temporada consecutiva em que a chuva tem escasseado.

O aumento dos preços alimentares a nível global, o impacto da guerra na Ucrânia, a crise governamental, humanitária e económica que afecta a Somália e a presença grande de grupos terroristas, nomeadamente da Al-Qaeda, intensificam as dificuldades da população já enfraquecida.

Cerca de seis milhões de pessoas estão a passar fome na Somália, mas, no início de 2023, a ONU deixou de considerar uma declaração formal de fome vivida no país. Esta declaração implicaria considerar que mais de um quinto das famílias do país vive sob fome extrema, mais de 30% das crianças estão subnutridas e duas em cada 10 mil pessoas morrem por dia.

Ainda assim, a ONU não desarma nos seus alertas, com o coordenador da ONU na Somália, Adam Abdelmoula, a alertar que “o risco de fome continua”.

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