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Cerca da metade das gavetas da morgue municipal anexa ao HCM não funcionam

Sessenta e oito gavetas de conservação de corpos na morgue municipal anexa ao Hospital Central de Maputo não funcionam. Há queixas de cobranças ilícitas para a cedência de espaço de modo a se conservar os corpos, facto que levou a edilidade a ir fiscalizar os trabalhadores.

A morgue municipal anexa ao Hospital Central de Maputo tem capacidade para conservar 140 corpos. Entretanto, apenas 72 gavetas estão a funcionar. feitos os cálculos, o resultado indica que 68 gavetas de conservação de corpos estão “engavetadas”.

No meio deste défice de meios, a edilidade de Maputo tomou conhecimento de queixas de mau atendimento e cobranças ilícitas para a conservação dos restos mortais na disputa da morgue que está no centro da Cidade.

Esta quarta-feira, a vereadora da Saúde e Qualidade de Vida, Alice De Abreu, fez uma “visita surpresa” à infraestrutura para examinar os trabalhos e atuação dos funcionários do CMCM. Ao fim da “rusga”, não deixou claro, entretanto, se as denúncias eram ou não verdadeiras. Tendo se limitado a considerar que o trabalho continua.

Alice de Abreu acredita que os munícipes contribuem para as cobranças indevidas, aliciando aos trabalhadores da morgue, por isso, apela.

“O número da linha verde. nós sempre pautamos por sensibilizar os funcionários e também as utentes, para não aliciarem os funcionários. se eu venho a morgue e tenho informação de que está cheio,todas as câmaras estão cheias não devo aliciar para que o funcionário coloque o corpo do meu ente-querido la, para conservação ”

Sobre o facto de quase metade das gavetas para a conservação de corpos não estarem a funcionar, a edilidade diz que há obras em execução para mudar o cenário e estão “orçadas em oito milhões de meticais e serão custeadas pelos fundos do Conselho Municipal de Maputo”, esclareceu a vereadora.

A não reclamação de corpos por parte de familiares contribui, segundo a edilidade, para a fraca capacidade de resposta desta morgue, que, em 2023, teve três mil corpos não reclamados. Os cadáveres, após 30 dias sem serem reclamados, são transferidos para a vala comum.

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