A construção da central solar de Metoro, a primeira em Cabo Delgado, e a segunda maior do país, começou em 2020, e devia terminar em Agosto deste ano, mas, devido à pandemia da COVID 19 e os ataques terroristas em Cabo Delgado, a obra só poderá ser entregue em Janeiro de 2022.
A garantia foi dada pela empresa contratada para executar a obra, que já instalou quase metade dos 125 mil painéis solares previstos.
“Os portos de Portugal e China, de onde vem maior parte do material e a redução da mão-de-obra nesses países, e também devido à situação da instabilidade aqui, em Cabo Delgado, tivemos que fechar o projecto em Abril de 2020, e só retomámos em Outubro do mesmo ano, mas, apesar do atraso, tudo indica que a central estará concluída em Janeiro de 2022”, garantiu Dinis Vilanculos, representante da NEONEN
O ministro dos Recursos Minerais visitou as obras de construção da central solar de Metoro e, apesar do atraso, considera possível que o Governo venha a cumprir as metas previstas para a produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis.
“Além da central solar de Metoro, que será a segunda maior do país, ainda aqui, em Cabo Delgado, contamos a partir do próximo ano iniciar a construção de uma outra em Mecufi, uma no Dondo, em Sofala, e outra em Cuamba, em Niassa, e estamos a preparar o início das obras em Temane. Assim, incluindo com a central solar de Mocuba, a maior do país, até 2024, vamos passar a produzir cerca 600 megawatts de energia eléctrica, dos quais 200 a partir de fontes renováveis”, disse Max Tonela.
Orçada em mais de cinquenta milhões de dólares, a Central Solar de Metoro vai ocupar uma área de cerca de 80 hectares e, segundo previsões, deverá produzir 41 megawatts de energia, destinado à cidade de Pemba e alguns distritos da província de Cabo Delgado.