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Celso Correia diz que 90% da população consegue ter três refeições por dia

Foto: O País

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, diz que, em Moçambique, “90 por cento da população tem alimentação segura, ou seja, já consegue ter três refeições por dia”, o que coloca o país fora dos países em risco de fome.

Ainda segundo o ministro, no país, menos de 10 por cento da população é que está em situação de insegurança alimentar, o que coloca Moçambique fora da lista dos países em situação de fome.

“Este é um grande sucesso dos moçambicanos. Nós estamos a ter estes resultados, mas agora o nosso grande desafio é ter a certeza de que são sustentáveis e consolidar este princípio, continuando neste caminho”, disse o ministro, acrescentando que “agora temos, sim, que melhorar a sua dieta e ter mais estabilidade no acesso aos alimentos. Portanto, o trabalho ainda não está concluído, mas estamos no caminho certo”.

Estas declarações foram feitas durante um encontro que o chefe da pasta de Agricultura e Desenvolvimento Rural teve com o director-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, esta quarta-feira, em Roma, na Itália.

Além da segurança alimentar, no encontro, Correia falou do desenvolvimento da agricultura no país e dos desafios trazidos pelos eventos climáticos que afectam Moçambique e a região.

E uma das respostas para fazer face ao problema, principalmente nesta altura em que o país enfrenta cheias, é a distribuição gratuita de sementes à população.

“Estamos a fazer de tudo para que consigamos pôr o aprovisionamento das sementes em tempo útil, porque o ciclo da resposta é muito curto. Temos 30 dias para conseguirmos lançar as sementes de milho de ciclo curto e das hortícolas para poder mitigar o impacto das cheias”, garantiu Correia, que avançou que já decorre o mapeamento das zonas mais afectadas, para permitir que, logo que as águas baixarem, as famílias possam voltar a trabalhar nos seus campos agrícolas.

No encontro, o director-geral da FAO, Qo Dongyu, falou da situação das cheias e escassez de água não só em Moçambique, como noutros países, e disse que há necessidade de maior investimento em infra-estruturas, como barragens, para minimizar esses problemas.

Em Roma, Celso Correia terá encontros com o Fundo Internacional Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com o Programa Alimentar Mundial (PMA) e o Ministério da Agricultura italiano.

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