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Celso Correia defende reforço da educação nutricional no país

O  ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural defende que as soluções para o problema da desnutrição crónica devem ser em função da realidade do país. Celso Correia entende que deve haver reforço da educação nutricional nas zonas rurais. O dirigente falava esta quarta-feira, na abertura da Conferência do Agro-negócio, Nutrição e Indústria Alimentar.

Os níveis de desnutrição crónica no país continuam alarmantes, em parte devido à distribuição desigual dos alimentos e ao desconhecimento dos valores nutritivos pelas comunidades.

“Temos a produção, mas às vezes as pessoas não têm consciência do que existe. Deve-se também garantir a distribuição de alimentos para que chegue a mais pessoas, sobretudo nas zonas mais distantes. A ideia é fazer com que tudo o que é produzido chegue até ao consumidor final”, disse  Rafael Nzucule, Gestor da Rede de Empresas para a Expansão da Nutrição.

Dados do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural apontam que, só nos últimos cinco anos, mais de três milhões de pessoas foram abrangidas pelos programas de assistência alimentar directa, na sequência dos desastres naturais e do terrorismo.

A solução, segundo Celso Correia, passa pela criação de políticas que se adeqúem à realidade nacional.

“Hoje, o grande desafio do país e do globo é encontrar soluções para sistemas alimentares, num contexto que não dá sinais de que vai mudar. As crises poderão aumentar e aqui, com maior incidência para as crises climáticas. Então o país deve-se preparar e olhar para a sua experiência dos últimos cinco anos. As nações devem encontrar soluções realísticas. Se não fizermos isso, corremos o risco de continuar a ter crianças desnutridas, com problemas cognitivos”, disse o governante.

Por seu turno, o sector privado entende que se deve investir em recursos para aumentar a disponibilidade de alimentos e fortificá-los.

“Essa situação eleva a nossa responsabilidade, como sector privado, enquanto actores decisivos da nossa economia e desafia-nos, no sentido de investir mais recursos para aumentar a disponibilidade de alimentos assim como o seu processamento com base nos mecanismo e fortificação que os tornam mais seguros para o combate dos focos de desnutrição crónica”, explicou Agostinho Vuma, presidente da Confederação das Associações Económicas.

Os intervenientes falavam esta quarta-feira, na abertura da V conferência do Agro-negócio, Nutrição e Indústria Alimentar.

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