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Caso Amurare: Tribunal condena réus a 20 e 23 anos

Foto: O País

O Tribunal Judicial da Província de Nampula condenou os dois réus do “caso Amurane” a penas de 20 e 23 anos de prisão. A juíza da causa entendeu que os dois cometeram o crime de homicídio qualificado.

Cinco anos depois do assassinato de Mahamudo Amurane, o Tribunal Judicial da Província de Nampula decidiu condenar os dois réus a penas de prisão maior de 20 e 23 anos. Saíde Ali Abdulremane foi condenado a 20 anos e Zainal Abdul Satar, 23 anos.

A juíza Cristina Salia, da sexta secção criminal, entendeu que os dois cometeram o crime de homicídio qualificado, agravado, de acordo com as provas apresentadas pelo Ministério Público que movia que deduziu a acusação.

Mahamudo Amurane era presidente do Conselho Municipal da cidade de Nampula. Foi assassinado a tiro na noite do dia 4 de Outubro de 2017, na sua residência pessoal, na periferia da cidade de Nampula.

Na altura, Amurane estava a sair de um encontro privado com Saíde Ali Abdulremane, que era vereador, e Zainal Abdul Satar, empresário da área de construção civil, ambos tinham uma relação de amizade com o malogrado.
Amurane foi morto a tiro, num plano que o Ministério Público diz que foi orquestrado e executado pelos dois.

Esta é uma parte decisiva de um processo que conheceu muitas voltas. No dia 7 de Janeiro de 2019 o Ministério Público deduziu a acusação. A 8 de Agosto de 2019 o Tribunal Judicial da Província de Nampula despronunciou os arguidos e mandou aguardar produção de melhor prova.

Inconformado, o Ministério Público interpôs recurso no dia 5 de Setembro de 2019 e o Tribunal Superior de Recurso de Nampula revogou o despacho da juíza. No dia 16 de Março de 2022 iniciou o julgamento que terminou com uma sentença condenatória.

 

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