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Carlos Aik: “Tivemos a capacidade de resolver o que correu mal no primeiro jogo”

Foto: FIBA

O seleccionador nacional de basquetebol, Carlos Aik, diz que as características do adversário é que irão ditar a estratégia a usar na segunda fase do Campeonato Africano. Já as atletas garantem que o grupo de trabalho está motivado para a competição.

Com um espectador especial nas bancadas da BK Arena, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, acompanhado pelo homólogo ruandês, Paul Kagame, Moçambique justificou o estatuto de um dos candidatos a atingir os lugares de pódio no “Afrobasket”.

Aliás, a vitória confortável sobre as guineenses garante o segundo lugar no grupo “B” da competição, posição que coloca como possíveis adversários nos “play-offs” de acesso aos quartos-de-final as selecções nacionais de Angola, Costa do Marfim ou Ruanda. O alinhamento dos jogos somente será conhecido com a conclusão da fase de grupos.

“Relativamente ao que aí vem, teremos de ver quem é que nos vai calhar. Em princípio, nós vamos ficar em segundo lugar no nosso grupo. Teremos mais um jogo que aquilo que era, inicialmente, a nossa pretensão, que passava por ficar em primeiro no grupo. Com o fim da fase de grupos, vamos começar a idealizar aquilo que é a nossa forma de jogar em função dos adversários que vamos ter pela frente.”

Se no primeiro jogo com os Camarões a selecção nacional acusou níveis de ansiedade, apresentou-se com baixo nível de concretização de lançamentos longos e cometeu muitos “turnovers”, no segundo já esteve melhor em alguns dados estatísticos. Isto, claro, tendo em conta a diferença em termos de qualidade entre os Camarões e a Guiné-Conacri.

“Basicamente, aquilo que mudou foi a nossa actuação. O que pode ter corrido mal, tivemos a capacidade de resolver hoje (sábado). É verdade que a equipa adversária também permitiu. É uma equipa relativamente acessível para nós, mas também tivemos de trabalhar para construir o resultado. Não entramos bem na sexta-feira, perdendo muitas bolas. Falhámos muitos lançamentos, mesmos lançamentos fáceis. Julgo ter sido a ânsia e o nervosismo de ser o primeiro jogo que fez com que a nossa actuação não fosse melhor”, analisou o seleccionador nacional de basquetebol sénior feminino.

 

ATLETAS APONTAM PARA MELHORIAS NA EQUIPA

Na próxima fase, que arranca no dia 1 de Agosto, não há espaço para erros até porque será a eliminar. Ciente desta realidade, o grupo de trabalho projecta melhorias para se alcançar o objectivo traçado para esta competição.

“Eu acredito que mudamos o nosso “mind set”. Depois da derrota com os Camarões, percebemos que tínhamos de ajustar algumas coisas como a defesa e os movimentos ofensivos. Saíram naturalmente”, analisou Chanaya Pinto.

Sobre a etapa do “mata-mata”, onde qualquer erro pode ser fatal, a atleta diz que a receita passa por “manter a mesma postura que tivemos nos jogos 1 e 2”.

Olhando para os dois jogos então realizados pela selecção nacional de basquetebol sénior feminino, a extremo não tem dúvidas: Estamos a crescer jogo após jogo. E temos que perceber que todos que estão aqui podem chegar a final”.

Para Ingvild “Inga” Mucauro, extremo e uma das apostas de Carlos Aik no “cinco” inicial, “é sempre motivador, pois, depois da derrota precisávamos disso”.

Mucauro considera que o segredo esteve na capacidade da equipa em “acertar os erros cometidos” na estreia no “Afrobasket” 2023. “Os jogos estão a começar, temos de melhorar aquilo que são os nossos erros e defeitos que apresentámos no jogo com Camarões”, acrescentou Ingvild “Inga” Mucauro.

Destacou-se no jogo com Guiné-Conacri, arrancando 25 pontos e cinco ressaltos, mas não chama a si, nem tão pouco, o protagonismo na vitória que devolveu alguma tranquilidade à selecção nacional. Pelo contrário, Leia “Tanucha” Dongue destaca o colectivo. “Primeiro, [quero] deixar claro que o objectivo é sempre comum. Na sexta-feira, não conseguimos ganhar o jogo. Assumo as minhas responsabilidades e não vou transferir para ninguém. Independentemente de me ter destacado, o objectivo principal é sempre o grupo”.

Agora, há que começar a pensar na fase a eliminar do Campeonato Africano de basquetebol sénior feminino. “Independentemente dos adversários, o campeonato já provou que não tem favoritos. Vai ser duro. Podemos cruzar com a Costa do Marfim e, se assim for, vamos fazer de tudo para vencer”, prometeu. Os dois primeiros classificados do Campeonato Africano qualificam-se para o Torneio Pré-Olímpico, uma das etapas de acesso aos Jogos Olímpicos Paris 2024.

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