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Canário “depenado” no Chiveve

Quando faltam duas rondas para o fim da 1ª volta do Moçambola 2018, nem as piores projecções poderiam imaginar um dos mais poderosos candidatos ao título, o Costa do Sol, relegado à luta pela não-despromoção.  No Chiveve, diante do Ferroviário da Beira, acabou dando a nota mais saliente, ao registar uma derrota que o coloca exactamente com a metade dos pontos do líder. Segue-se a recepção ao ENH, em casa, terreno em que estará sob pressão, face ao desespero dos milhares de adeptos.
No topo, a luta não trouxe surpresas.

O galvanizado Textáfrica do Chimoio terá ganho um ponto ao líder Ferroviário de Maputo, equipa que deve olhar para baixo com a convicção de que o seu mais directo rival se chama UD Songo – pelos pergaminhos e “musculatura” financeira – pois com um jogo a menos já se isolou no segundo posto após derrotar a ENH.

Os blocos distanciam-se

São os orçamentos, mas também a capacidade organizativa que começam a distanciar e clarificar “quem é quem”. As curiosidades: até onde poderá ir o atrevimento dos fabris do Chimoio? E o Chibuto agora orientado por Daúde Razaque, derrotado pelo Sporting de Nampula, bem como a Liga Desportiva, ainda se consideram candidatos ao título?
É verdade que ainda há muito campeonato pela frente, mas se se tiver em conta os pontos até agora perdidos, e pela imprevisibilidade que tem sido característica até esta altura, é de acreditar que a capacidade de resposta organizativa e financeira no que falta disputar, vão ser determinantes.
E os golos? Será que nos teremos que habituar à média de menos de um golo por equipa em cada ronda? Nesse capítulo, a surpresa positiva foram os três tentos sem resposta com que o Incomáti foi brindar o lanterna vermelha, Sporting de Nampula na sua casa e a vitória, esperada, do 1º de Maio diante da UP, tendo em conta as dificuldades em ganhar aos manachuabos quando anfitriões.

Maxacas a caminho da recuperacão?

Quanto aos maxacas, que ganharam pela tangente ao Desportivo de Nacala na capital do país, há que esperar para ver se os ventos favoráveis vieram para ficar. O próximo adversário é a UP, que em sua casa é sempre um adversário a temer.
As informações que nos chegam relativamente aos senhores do apito, com algumas excepções, é que o “calor do Norte” lhes impõe uma regra: em caso de dúvida há que beneficiar a turma da casa, para evitar problemas. Queixam-se desta anomalia, quase em permanência, os treinadores “sulistas”, com uma insistência que nos faz pensar que não se trata de falácia. Um TPC urgente para quem dirige os homens do apito.
Uma nota negativa e visível é a de que, em período de Mundial, pelo menos em Maputo, as bancadas têm estado vazias, provavelmente face à priorização ao que nos chega da Rússia.

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