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Canarinhos sem asas para fase de grupos

O Costa do Sol precisava entrar a vencer no jogo, como forma de pressionar seu adversário e puxar o jogo a uma situação de possível passagem da eliminatória.

Foi com essa mesma ideia que o técnico formou um conjunto mais ofensivo, com Terrence, Isac e Sibale a formarem um trio da frente, muito bem reforçado pelos homens da intermediária, que sempre empurravam o Rayon Sports ao sector mais recuado da sua baliza.

Os “canarinhos” não queriam perder tempo e não davam tempo para estudar o adversário, encurralando a equipa ruandesa à sua defensiva.

Assim, não tardou que assaltasse o meio campo contrário e desde cedo já criava perigo à baliza de Eric. Mas só ao minuto 30 é que o Estádio Nacional do Zimpeto deu a primeira explosão de gritos, quando Isac aproveitou a desatenção da defensiva contrária e do próprio guarda-redes, para de longa distância, rematar forte e sem hipóteses de defesa para Eric.

Seguiu-se então a uma verdadeira caça ao segundo golo. Foram muitas as oportunidades criadas pela equipa moçambicana, principalmente por Sibale e Isac.

Os muitos adeptos moçambicanos puxavam pela equipa, até que aos 35 minutos, o Costa do Sol ganha uma grande penalidade que daria mais alento às aspirações. Chamado a cobrar, Isac atirou por cima e deitou balde de água fria nos adeptos. Mas era mesmo emoção da pressão, porque logo a seguir, já no finalzinho da primeira parte redimiu-se e marcou um grande golo de cabeça, fazendo o 2-0 com que se foi ao intervalo.

Renasciam as esperanças moçambicanas, mesmo ao intervalo.

Os “canarinhos” regressaram ao relvado com a mesma vivacidade da primeira parte e quase marcavam no primeiro minuto, mas o remate de Raúl saiu por cima.

Depois o Rayon sentiu a pressão dos donos da casa, que só queriam mais um golo, decidiu subir no terreno, chegando com perigo à baliza de Guirrugo. Aliás, o guarda-redes moçambicano salvou o Costa do Sol de sofrer, quando defendeu com categoria a um remate contrário. E na cobrança de canto, o Rayon enviou a bola ao poste, quase gelando o ENZ.

Depois veio aquele momento em que os jogadores moçambicanos sentiam o tempo passar e viam a eliminatória a fugir-lhes das mãos.

Mesmo com tanta vontade que tinham, os golos não mais apareceram e o jogo acabou com a vitória por duas bolas sem resposta, mas com a eliminatória perdida.

Isac assumiu que mereciam mais na primeira parte e que o facto de terem mais com o coração do que com a cabeça a equipa não se encontrou e assumiu que a eliminatória foi falhada no Ruanda, onde a equipa perdeu por 3-0. O avançado que marcou dois golos disse que o resultado de dois golos em casa fez com que se tenha mais pressão e isso afectou os jogadores.

Quanto ao penalti falhado, Isac diz que não pode controlar os julgamentos, uma vez que foi mesmo no momento crucial. Mas lamenta.

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