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Caló promete tirar Ferroviário de Maputo do “sufoco”

Carlos Manuel, ou simplesmente Caló, garante que o Ferroviário de Maputo vai fazer uma boa segunda volta no Moçambola 2024 e promete tirar o clube do “sufoco” em que se encontra. O técnico reitera que não tem nenhuma “varinha mágica”, mas acredita no trabalho e na qualidade dos seus jogadores.

Duas vitórias, uma no Moçambola contra o Textáfrica de Chimoio (3-0), e outra na Taça de Moçambique diante do Brera FC (2-0). É, até agora, o único saldo positivo de Carlos Manuel no comando técnico do Ferroviário de Maputo. Último classificado da tabela, o Ferroviário regista o pior arranque nas últimas décadas.

Caló está ciente de que o clube que orienta e que muito bem conhece a casa, uma vez que teve várias passagens pelo mesmo e até com um título conquistado, não merece estar na posição em que se encontra.

“O Ferroviário é um clube histórico, um eterno candidato ao título, não está habituado a ficar nestas posições e nunca se viu o Ferroviário nos últimos anos na posição em que se encontra”, assume o técnico “locomotiva”.

Aliás, segundo Caló, “é verdade que era impensável ter o Ferroviário nesta posição, mas é futebol, e futebol é isto”. Ou seja, o técnico não fica assustado com o facto de o Ferroviário de Maputo ter terminado a primeira volta de um campeonato nacional de futebol na última posição e com apenas uma vitória. Afinal, “são coisas do futebol”.

Basta recordar que, no início da competição, os “locomotivas” da capital do país estavam sob comando do português Sérgio Boris, que não conseguiu impor-se no Moçambola, somando resultados negativos que colocaram a equipa na cauda, desde o princípio, e os adeptos à beira de “ataques de nervos”.

Carlos Manuel tem noção da equipa que assumiu a 10 de Junho, quando contava com apenas dois pontos em sete jogos disputados para o Moçambola, e garante que está pronto para colocar as mãos à obra e reverter o cenário que hoje se vive na estação ferroviária de Maputo.

“Não tenho uma ‘varinha mágica”‘, confessa. Porém, tem o antídoto para que essa “varinha mágica” apareça. “Uma das coisas que é importante no Ferroviário é o trabalho, em primeiro lugar, no sentido de trabalharmos duro, e, depois, a união de todos os intervenientes no clube”, revela.

Para Caló,  havendo a conjugação desses dois segredos, “podemos conseguir tirar o Ferroviário do caminho em que está”. Ou seja, “essa é que é a verdadeira ‘varinha mágica'”, sentencia Carlos Manuel.

Sem nenhuma contratação no mercado de Inverno

No que ao aspecto desportivo diz respeito, havia alguma apreensão em relação à possibilidade de contratação de novos jogadores, com destaque para Elias Macamo, actual melhor marcador do Moçambola 2024. É que a janela de transferências de jogadores se fechou e o Ferroviário de Maputo não contratou novos atletas.

Carlos Manuel tem uma razão para tal e revela: “Há qualidade aqui, e é visível”. Por ora, para que efectivamente consiga tirar a equipa da última posição, Calós diz que “é uma questão de continuarmos a trabalhar e moralizarmos os jogadores que temos para que consigamos os objectivos que pretendemos”.

Para já, em termos de saídas nesta janela de transferências, apenas Shaquile Nangy deixou os “locomotivas” da capital do país para uma aventura pelas terras angolanas, onde vai representar o Sagrada Esperança.

Quanto a entradas, destaque para o regresso de Shelton e Xirasse, que tinham sido emprestados ao Desportivo de Nacala, bem como do guarda-redes Sulemane, que ascende da equipa B. Shelton marcou um golo na sua passagem pelos “canarinhos” de Nacala.

Carlos Manuel é o terceiro treinador a orientar o Ferroviário de Maputo na presente temporada, depois de Sérgio Boris, que foi corrido a 28 de Maio, e Danito Nhampossa, que assumiu de forma interina, até à chegada de Caló.

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