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Cada hospital central terá duas máquinas de tomografia no país

Foto: O País

O Ministério da Saúde promete melhorias na qualidade dos serviços de tomografia computorizada, em 2023. Já o sector da Educação diz estar a investir na qualidade de formação dos professores. Os factos foram avançados esta quinta-feira, no Parlamento, no segundo dia da sessão de perguntas ao Governo.

No segundo dia da chamada “prova oral” do Governo, o Executivo respondeu às questões de insistência dos deputados, em nome do povo.

Das várias perguntas de insistência, direccionadas ao sector da Saúde, Armindo Tiago, focou-se na necessidade de manutenção de serviços de tomografia computorizada, em reacção à pergunta da bancada da Renamo, sobre a falta de máquinas que façam a Tomografia  Axial Computorizada (TAC), pelo menos a nível da Cidade de Maputo.

O governante refutou a informação e garantiu que, neste momento, as TAC do Hospital Central de Maputo, Hospital Geral de Mavalane e Hospital Militar – locais eleitos pelo Governo para a disponibilização deste serviço – estão operacionais.

Armindo Tiago reconhece, no entanto, a possibilidade de avaria, mas diz que não é um problema para alarme.

“Quando os doentes vão para um destes hospitais e o aparelho estiver avariado, o que nós preconizamos é garantir que ele possa fazer o exame em qualquer outra unidade. Nós temos uma parceria com o sector privado, para responder a situações de género”.

Diante desta realidade, e para garantir melhorias na disponibilização e qualidade dos serviços, o ministro prometeu mudanças para 2023.

“Até 1º trimestre de 2023, vamos alocar a todos os hospitais centrais uma TAC adicional. Portanto, cada hospital vai ter duas TAC, para evitar que, quando uma avaria, as pessoas tenham que pagar 20 mil Meticais em hospitais privados”, garantiu.

Armindo Tiago acrescentou que “até ao fim de 2023, pela primeira vez neste país, todos os hospitais provinciais e gerais terão TAC. Querendo podem ir verificar, quando chegar a altura. Quando prometemos, cumprimos”.

Por seu turno, em representação da ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Daniel Nivagara, ministro da Ciência, Tecnologias e Ensino Superior, disse que há acções em curso para a formação de docentes e expansão da rede escolar.

“Introduzimos o modelo de formação de 12ª classe mais 3. Ou seja, elevamos o nível de exigência para a formação de professores, sujeitando-os a três anos de formação, o que aumenta o período de o estudante estar num instituto de formação para adquirir competências necessárias para ser professor. Mais do que isso, nesse modelo foi introduzida a competência para atender a alunos com necessidades educativas especiais”, explicou Daniel Nivagara.

O governante disse ainda que o sector está a apostar na colocação de professores mais experientes para leccionar nas primeiras classes, de modo a garantir as bases necessárias, bem como a adopção do plano nacional de leitura, promovido para colmatar as lacunas verificadas nos alunos do nível geral.

O compromisso foi secundado pelo Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, que pediu o envolvimento de todos na melhoria da qualidade de ensino no país.

“Reiteramos que a formação do capital humano é uma das prioridades da nossa acção governativa. Neste âmbito, renovamos o compromisso do Governo de continuar a construir e apetrechar mais escolas, capacitar, formar e contratar mais professores, assim como disponibilizar atempadamente os livros escolares de modo a assegurar a expansão e melhoria de qualidade nos vários subsistemas da educação, em particular o ensino técnico-profissional”, referiu Maleiane.

O Governo falou, também, da necessidade de reduzir o rácio-professor aluno, que neste momento é de um professor para cerca de 54 alunos.

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