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Cabeça-de-lista da Renamo em Marracuene diz que não quer derramamento de sangue

Os membros da Renamo em Marracuene, Província de Maputo, saíram à rua, esta quinta-feira, para contestar os resultados das “autárquicas” anunciados pela Comissão Nacional de Eleições. O respectivo cabeça-de-lista diz que, se a situação prevalecer, o povo não vai pagar impostos.

Rahil Khan e outros membros e simpatizantes da Renamo saíram, esta quinta-feira, para caminhar pelas ruas de Marracuene. Tratou-se da primeira passeata depois da divulgação dos resultados das eleições autárquicas de 11 de Outubro.

A contestação visava pressionar o Conselho Constitucional a ser justo, de acordo com Rahil Khan. A marcha que se iniciou às 10 horas partiu da vila de Marracuene e terminou no mercado de Albazine.

Eram já por volta das 11h00 quando o cabeça-de-lista da Renamo, para a autarquia de Marracuene, falou ao jornal O País. Rahil Khan disse  que não vai parar até que a verdade seja reposta.

“Apoiar o roubo, apoiar a mentira, isso não é próprio dos moçambicanos, o moçambicano não pode fazer isso porque nós não ensinamos isso lá em casa, Portanto, é tempo de mostrarmos que os moçambicanos amam a verdade”, disse.

A Renamo garante que as marchas em Marracuene são para continuar, até que se declare que este partido venceu as eleições de 11 de Outubro. “Se até lá nada mudar, nós vamos decretar novas medidas. Vamos convocar o povo a não pagar os impostos, a partir do momento em que o princípio de não pagamento dos impostos em Marracuene, vai haver um caos aqui”, ameaçou.

“Gostaríamos que não houvesse derramamento de sangue, nós não somos pela violência, mas, se por acaso formos empurrados, não teremos outra alternativa.”

Tal como em vários municípios onde a Renamo perdeu, segundo a CNE, em Marracuene, Rahil Khan ameaçou declarar o município num Estado autónomo, caso o Conselho Constitucional não valide a sua vitória naquela autarquia. “Se em último caso eles não mudarem, vamos declarar o nosso distrito um Estado.”

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