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Burocracia na aprovação de investimentos atrasa desenvolvimento das províncias

A quinquagésima terceira edição da Feira Internacional de Maputo dedicou, ontem, espaço para que as províncias de Manica e Tete apresentassem as suas potencialidades. Os participantes aproveitaram a oportunidade para apontar aquelas que são, na sua visão, os grandes problemas que, no geral, enfraquecem a atracção de investimentos para as províncias. 
Após os governadores Alberto Mondlane e Paulo Auade, de Manica e Tete, respectivamente, falarem e mostrarem através de vídeos as oportunidades de investimento nas províncias que dirigem, a plateia colocou as suas preocupações, onde parte delas está ligada a burocracia no atendimento aos investidores, falta de centros técnicos de formação profissional e comércio em locais impróprios.
“Há alguma tendência de burocracia e atendimento aos pedidos tendo em conta as aparências das pessoas. O que a gente vê pode não ser real e muitas vezes avaliar um cidadão só pela forma como ele se vestiu é desprezo”, disse a partir da plateia a deputada da Assembleia da República, Ana Rita Sithole.  
“Não estamos a saber organizar as nossas populações que a cada dia estão a ocupar as nossas faixas junto às estradas, com construções ilegais”, disse Sérgio Pantie, também deputado da Assembleia da República. 
Nas respostas, o governador de Tete reconheceu a existência de burocracia nas instituições e apelou que todos os casos sejam a si denunciados. “Muitas das vezes não somos nós. Criam um sistema de dificultar o acesso rápido aos governadores e por consequência às oportunidades de investimento”, disse Auade, apelando aos “investidores a procurarem os contactos do governador ou do administrador, porque nós estamos para servir”.
O encontro debateu ainda problemas ligados a atribuição de títulos de Direito de Uso e Aproveitamento da Terra e produção agrícola. 

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