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Bruno Langa nega explicar destino que deu ao dinheiro considerado ilegal

Réu Bruno Langa

O réu em audição foi questionado pelo Juiz que destino deu aos 8.5 milhões de dólares, entretanto disse que “não gostaria de falar desse assunto, Meritíssimo”.

Subsequentemente, o Juiz foi questionando se é verdade a informação que consta da acusação sobre a rota do dinheiro e para quase todas as questões, tendo, Bruno Langa, dito que não ia responder ou que não lembrava.

De acordo com a acusação do Ministério Público, com os 8.5 milhões de dólares obtidos ilegalmente, Bruno terá feito a construção e compra de imóveis dentro e fora do país, apartamentos, mais de 840 cabeças de gado bovino, tractores, máquina escavadora e basculante e outras viaturas, além de ter feito viagens para países europeus.

“FIZ TRABALHOS DE CONSULTORIA (PARA PRIVINVEST) SEM SABER QUANTO IAM PAGAR”

O “bolo” de 8.5 milhões de dólares caiu de forma inesperada para Bruno Langa, porquanto teria fechado o contrato de consultoria com a Privinvest sem saber quanto é que lhe iam pagar.

“Na altura, ainda não tínhamos acordado o preço”, diz o réu. E, quando questionado pelo Ministério Público se presta trabalhos de consultoria sem definir o preço, diz: “eu não tenho preço”.

O porquê da coincidência do valor que recebeu e o recebido por Teófilo Nhangumele, Bruno Langa diz não saber explicar, até porque negociou a verba de forma particular com Jean Boustani.

Entretanto, segundo a acusação do Ministério Público, os 8.5 milhões de dólares teriam sido definidos de um total de 50 milhões de dólares, tendo, Bruno Langa, recebido o valor já citado, o mesmo valor para Teófilo Nhangumele e 33 milhões de dólares para Armando Ndambi Guebuza.

O valor teria sido desembolsado como pagamento por estes terem convencido as autoridades moçambicanas a aceitarem a proposta da Privinvest de ser esta empresa a garantir a execução do projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva.

Bruno Langa diz, também, não saber o porquê de ter sido o Serviço de Informação e Segurança do Estado a custear a sua viagem particular à Alemanha, até porque foi informado pelo co-réu Teófilo Nhangumele sobre a necessidade da viagem, não tendo estado informado sobre outros aspectos.

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