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Bruno de Carvalho: nada de “clones” por cá!

Se você tiver acesso a uma dezena de canais de televisão e procurar novidades do desporto luso, vai ficar refém em mais de metade deles, das tropelias de um menino mimado, apontado ultimamente como tendo perturbações mentais, que ao invés de ser submetido a tratamentos psiquiátricos, vai abrindo noticiários, monopolizando manchetes e contrariando decisões da justiça portuguesa.
Estou a falar do ex-Presidente do Sporting Clube de Portugal, que sem ser portador de uma arma de fogo, conseguiu – e tudo indica que vai continuar – “disparar” em várias direcções, atingindo o desporto naquilo que de mais profundo deveria ser a sua essência: uma escola de virtudes! É um assunto de Portugal, mas que deve merecer meditação em todos os quadrantes do mundo.

Demoniocracia

O escândalo que Bruno de Carvalho protagonizou nos últimos três meses, virou a Comunicação portuguesa de pernas para o ar, subalternizando assuntos até os grandes incêndios que vitimam milhares de pessoas. Mesmo no que ao desporto diz respeito, os OI's “esqueceram-se” do título conquistado pelo Porto e até subalternizaram a participação lusa no Mundial.
Importa vender, vender, vender. E quanto mais escândalo, melhor!
A partir de vários ângulos, a opinião pública foi verdadeiramente intoxicada com uma novela sem fim à vista. Por alguns, o que aconteceu é entendido como democracia no desporto, mas na realidade não passa de “demoniocracia”.
Mesmo sem ser directo na sua declaração, o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, veio a público dizer que se não se pode tolerar a existência de “dois portugáis”: o do desporto e o outro. Isto porque se aquelas acções, sem a cobertura do futebol, já teriam merecido uma acção mais enérgica das autoridades.

Nada será como dantes

Agora, a família leonina poderá ter que passar a incorporar à selvajaria das claques, que separava antes dos grandes jogos os adeptos ferrenhos dos grandes clubes, uma novidade: nos jogos do Sporting, terá que haver separação dos pró e anti-Bruno de Carvalho!
Até onde chegou a febre clubística e a falta de bom senso!
Entre nós, no Norte, há um embrião de algo semelhante, no campo da Bela Vista, em que, recorrentemente, se transformam os jogos em campos de batalha. A responsabilização é encoberta pelo facto de se tratar de adeptos do futebol.
Há que tomar medidas duras enquanto “o jacaré está no ovo”, para que as coisas não se alastrem e façam nascer por cá, “clones” de Bruno de Carvalho, dirigente que, para mal dos nossos pecados, até nasceu na Província de Sofala. 

 

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