A sete dias das eleições presidenciais no Brasil, oito dos 13 candidatos uniram-se em debate presidencial contra Jair Bolsonaro, candidato do Partido Social Liberal (PSL) e Fernando Haddad, do Partido Trabalhista (PT).
O candidato PSL e líder das sondagens, voltou a não participar no debate presidencial por motivos de saúde, apesar de já ter recebido alta médica no passado sábado, escreveu o Notícias ao Minuto.
Bolsonaro foi o principal alvo dos ataques dos adversários ao longo de todo o debate, que o chamaram de "extremista", considerando o candidato do PSL uma "ameaça à democracia".
Quanto às declarações de Bolsonaro que afirmou que não aceitaria outro resultado que não fosse a sua eleição, Marina Silva, do partido Rede diz que é um desrespeito à democracia, acrescentando que Bolsonaro vem sendo desconstruído pelas suas atitudes e pelos seus próprios actos.
Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, foi também um dos mais visados da noite pelos restantes candidatos presidenciais.
Na segunda parte do debate, Guilherme Boulos do PSOL disse que o PT deveria assumir parte da responsabilidade pelo surgimento e a ascensão de Jair Bolsonaro e criticou ainda a aliança do candidato do PT com nomes do partido do Presidente do Brasil, Michel Temer, como Eunício Oliveira e Renan Calheiros.
"Um dos maiores erros do PT foi governar com Temer", disse Boulos, acrescentando: "desta forma até pode ganhar uma eleição, mas nem toda a vitória eleitoral é uma vitória política".
Pela primeira vez, os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad aparecem empatados tecnicamente na corrida presidencial brasileira, segundo uma sondagem divulgada do domingo pelo instituto MDA e encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Na sondagem, Bolsonaro obtém 28,2% das intenções de voto, enquanto Haddad alcança 25,2% da preferência dos entrevistados.