Passam quatro meses desde que a guerra começou na Ucrânia. Na semana passada, o Kremlin decidiu que a Bielorrússia vai entrar na guerra, anunciou, este domingo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, citado pelo Observador.
Numa mensagem direcionada à população bielorrussa, o chefe de Estado declarou que o “Kremlin já decidiu” que Minsk vai participar na ofensiva.
No seu discurso ao país, Volodymyr Zelensky apelou à revolta da população bielorrussa, que não “é escrava nem carne para canhão”.
“Vocês não têm de morrer. E podem prevenir que decidam por vocês o que vos espera a seguir. Tudo depende dos cidadãos da Bielorrússia. Eu sei que podem recusar participar nesta guerra. A vossa vida pertence-vos, não ao Kremlin”, afirmou Volodymyr Zelensky.
“Eu sei que as pessoas da Bielorrússia apoiam a Ucrânia, apoiam-nos e não à guerra”, afirmou o Presidente ucraniano.
“É por isso que a liderança russa quer levar todos os bielorrussos para a guerra, eles querem semear o ódio entre nós”, advertiu.
Volodymyr Zelensky garantiu que a Ucrânia “vai defender-se dos ataques de qualquer direcção e de qualquer arma”.
“Tenho a certeza de que vamos aguentar e vamos recuperar tudo”, sublinhou o Presidente ucraniano, que ressalvou que “qualquer pessoa, qualquer pessoa normal em qualquer país, em particular na Bielorrússia, pode contribuir para a proteção da vida”.
No sábado, o Presidente bielorrusso reuniu-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. Os dois líderes discutiram as questões de segurança na Europa e o chefe de Estado da Rússia prometeu que enviaria sistemas de mísseis com capacidade militar para território bielorrusso.