O bicentenário da Ilha de Moçambique, primeira capital moçambicana, assinala-se a 17 de Setembro, mas as comemorações iniciaram em Janeiro.
Trata-se de um ano de festa por ocasião dos 200 anos de elevação ao estatuto de cidade. Várias manifestações culturais, envolvendo diferentes modalidades artísticas, estão a ser levadas a cabo na Ilha de Moçambique para assinalar essa efeméride que marca a memória dos 15 mil habitantes da ilha, com três mil metros de comprimento e 400 de largura.
O administrador da Ilha de Moçambique, Luciano Augusto, garantiu que uma série de actividades vão ser realizadas no dia 17 de Setembro, com destaque para o encerramento da Bienal de Arte e Cultura com mostras de pintura, fotografia, cinema, artesanato e antiguidades locais, inaugurada em Julho em simultâneo com a feira de Gastronomia “Tzoziva”.
Um bailado intitulado “A Liberdade do Escravo”, envolvendo dezenas de artistas moçambicanos de variadas modalidades artísticas, vai ser exibido dia 17 de Setembro nos 200 anos da Ilha de Moçambique. Com dança e coreografia originais, a obra pretende descrever a história da Ilha de Moçambique por meio de teatro dançado.
Constam ainda do programa, o Festival de Verão da Fortaleza com música, dança, moda, gastronomia e provas de canoagem, uma Feira de Cultura e Turismo e o segundo Fórum de Turismo, iniciativas que envolvem centenas de artistas das mais diversas manifestações, além de atrair dezenas de turistas estrangeiros, cuja estimativa anual de turistas na ilha é de sete mil pessoas.
A programação inclui, desde Janeiro, dois eventos por mês, que passaram para dois por semana, após um hiato no Ramadão, uma vez que cerca de 95 por cento dos ilhéus são muçulmanos.
Das actividades realizadas, destaca-se o Festival Provincial de Teatro, em Março, por ocasião do 27 de Março, Dia Internacional do Teatro, o desfile contemporâneo e tradicional, em Maio, e o Festival de Jazz, liderado pelo saxofonista Moreira Chonguiça.