A Bélgica vai desembolsar 25 milhões de euros (equivalente a 1,5 mil milhões de Meticais) nos próximos cinco anos, para o desenvolvimento das energias renováveis e gestão de resíduos no país, através de um novo programa de cooperação.
A informação foi avançada pelo ministro de Desenvolvimento da Bélgica, Frank Vandenbroucke, por ocasião da COP 27, que decorre no Egipto.
“O nosso país (Bélgica) vai ajudar Moçambique para que possa investir em energia verde em vez de combustíveis fósseis”, referiu Frank Vandenbroucke, ministro do Desenvolvimento da Bélgica.
Segundo o dirigente belga, Moçambique é um exemplo de baixa emissão, mas sofre severamente os efeitos das alterações climáticas. Apesar disso, o país tem os recursos inigualáveis para se transformar numa solução significativa de transição energética a nível da África Austral.
O apoio para o período 2023–2028 é atribuído tendo em conta que Moçambique é indicado como um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas e é, ao mesmo tempo, um dos menos desenvolvidos do mundo.
Apesar das riquezas do subsolo, a iniciativa prevê estudos para a produção de hidrogénio verde em Moçambique, e a Agência Belga de Desenvolvimento vai alimentar áreas remotas sem ligação à rede eléctrica com painéis solares.
Segundo um comunicado citado pela Lusa, está também a ser planeado o fornecimento de água potável e soluções de irrigação com base em energia solar.
A Bélgica vai ainda apoiar a implementação de um programa nacional para gestão sustentável dos resíduos, que inclui a construção de instalações de reciclagem em Nacala e Nampula, com o apoio adicional de um fundo multi-doadores.
Dos 25 milhões de euros anunciados, uma parte do valor será destinada à componente de perdas e danos para tornar as infra-estruturas públicas mais resilientes a tempestades e cheias.
A Bélgica anunciou ainda uma contribuição adicional de um milhão de euros (62,9 milhões de Meticais) para novas instalações de água potável em Moçambique.