São dos mais experimentados e com longa estrada no basquetebol moçambicano. Não é por acaso, aliás, que dirigiram jogos das meias-finais e finais (ainda a decorrerem) do encurtado e menos competitivo dos últimos sete anos do Campeonato da Cidade de Basquetebol.
Foram, ainda assim, preteridos do lote de árbitros escolhidos para apitar os jogos da 13.ª edição da Liga Moçambicana de Basquetebol, prova que arranca na próxima segunda-feira, 31 de Outubro, e vai prolongar-se até 13 de Novembro.
Os critérios de indicação não são claros, muito menos públicos, pelo menos no seio da classe, situação que podia afastar algumas zonas de neblina.
A não indicação de Artur César de Castro Bandeira e Marques da Conceição Abdala, ex-árbitros internacionais, e Guilherme Júnior, para uma prova que se convoca tarimba, experiência pedagógica e capacidade de gestão dos jogos, não deixa de ser curiosa e preocupante dado o seu percurso e trabalhado demonstrado na época em curso. Isto, claro, à semelhança dos restantes colegas com os quais têm trabalhado.
Ademais, a sua entrega e disponibilidade para servir a modalidade, apitando jogos das camadas de formação como também da alta competição em tempos de “crise de árbitros” na capital do país.
A ausência destes juízes acontece depois de, na última edição da Liga Moçambicana de Basquetebol (LMB), a qualidade da arbitragem ter sido colocada em causa por todos os intervenientes da prova.
O certo é que o último parecer sobre os árbitros que vão, a partir de segunda-feira, dirigir partidas no pavilhão do Maxaquene foi feito pela Liga Moçambicana de Basquetebol (LMB), organismo que é dirigido por antigos árbitros: António Madeira e José Ferrete, actual comissário da FIBA.
O “O País” sabe que a Comissão Nacional de Árbitros de Basquetebol (CNAB) até sugeriu os nomes destes árbitros, mas, depois do “pente fino”, foram “chumbados”.
Agora, levantam-se alguns questionamentos sobre a autonomia da Comissão Nacional de Árbitros de Basquetebol no processo de nomeação de juízes.
CONHECIDOS OS GRUPOS DA PROVA
Já foram definidos os grupos da 13.ª edição da Liga Moçambicana de Basquetebol (LMB), sendo que o Ferroviário da Beira, campeão nacional, é cabeça-de-série do grupo “A” do qual fazem ainda parte o Sporting de Quelimane, vencedor da “poule” de apuramento da zona centro; Costa do Sol, terceiro classificado da última edição da Liga; a e União Juvenil de Napipine, conjunto que ficou na 5.ª posição.
Os “locomotivas” do Chiveve partem para esta prova reforçados com dois atletas norte-americanos, por sinal, os mesmos que foram determinantes para conquista do troféu e apuramento para à fase final da Liga Moçambicana de Basquetebol.
Trata-se de William Perry, considerado o melhor jogador (MVP) da 12.ª edição da Liga Moçambicana de Basquetebol, e Michael Murray.
No grupo “B”, temos o Ferroviário de Maputo, vice-campeão e cabeça-de-série; A Politécnica, vencedora da “poule” de apuramento da zona Sul, em Inhambane; Ferroviário de Nampula, formação que conquistou a “poule” de apuramento da zona Norte; e Maxaquene, quarto classificado da 13.ª edição da Liga Moçambicana de Basquetebol. A Liga Moçambicana de Basquetebol deverá definir, nas próximas horas, os moldes de disputa desta competição.