O Banco de Comércio e Desenvolvimento da África do Leste e Sul concedeu um financiamento de 100 mil dólares a uma associação agrícola da província de Gaza. Esta é uma das áreas na qual a instituição financeira africana tem investido em Moçambique, tal como deu a conhecer, hoje, o primeiro-ministro.
A Cidade de Maputo foi, entre segunda e terça-feira, a capital da reunião anual dos governadores do Grupo Banco de Comércio e Desenvolvimento da África do Leste e Sul, TDB.
E no segundo dia, o primeiro-ministro esteve no evento, no qual deu a conhecer os investimentos já feitos no país por aquele banco africano, sobretudo em momentos de crise.
“O Grupo TDB tem-nos concedido financiamento para programas e projectos dos sectores da agricultura, indústria, energia, transporte, logística, entre outros. A título ilustrativo, no sector energético, o nosso país beneficiou de uma linha de financiamento de 108 milhões de dólares norte-americanos para operacionalização do projecto de gás natural liquefeito em Cabo Delgado”, enumerou Adriano Maleiane, primeiro-ministro.
Um dos setores em que este grupo investe em Moçambique é o da agricultura. “Contamos, igualmente, com o financiamento do Grupo TDB para o fomento, processamento e exportação de cereais em grãos, com maior destaque para a castanha de caju, milho e gergelim, contribuindo para a geração de divisas para o nosso país”, acrescentou Maleiane.
E este tipo de iniciativa, segundo o primeiro-ministro, “tem proporcionado o aumento da produção agrícola de pequenos agricultores, financiando, como garantia para toda a produção dos agricultores”.
E por falar em agricultura, o banco concedeu, esta terça-feira, um financiamento de 100 mil dólares a uma associação agrícola em Mapai, província de Gaza.
O presidente da TDB explica o objectivo do financiamento. “Este projecto destina-se aos principais desafios enfrentados por essa comunidade face às mudanças climáticas. Providenciando bombas de água que usam energia solar e adicionando o líquido precioso nos tanques e infra-estruturas de irrigação, este modesto projecto irá ajudar na segurança alimentar, ajudando na produção e empoderando as mulheres economicamente”, explicou Admassu Tadesse, presidente-executivo da TDB.
Moçambique é accionista na TDB, através do Banco Nacional de Investimento. “Sendo accionista, também temos o benefício de receber dividendos desde 2015, num total que ascende a 2,4 milhões de dólares americanos e a nossa participação é na ordem de 10,5 milhões de dólares americanos”, revelou Max Tonela, ministro da Economia e Finanças.
A reunião decorreu sob o lema “Estratégias para Aproveitar o Comércio e Desenvolvimento para Promover o Crescimento Inclusivo e Sustentabilidade na Região”.