O Banco Mundial reviu em baixa a previsão de crescimento económico de Moçambique este ano para 3.2 por cento, uma quebra de 2.9 pontos percentuais relativamente à previsão anunciada em Junho de 2017 pela mesma instituição, de acordo com o relatório intitulado “Perspectivas Económicas Globais”, publicado ontem, em Washington.
A revisão em baixa fica a dever-se, segundo os analistas do banco, ao facto de os custos do serviço da dívida pública continuarem ‘insustentáveis’, tendo salientado que os governos de Moçambique e de outros países de baixo rendimento devem “manter os seus esforços de mobilização da receita interna e de racionalização da despesa pública.”
Os técnicos antecipam que Moçambique tenha crescido 3.1 por cento no ano passado e que deverá crescer 3.4 por cento nos próximos dois anos, ou seja em 2019 e 2020, o que representa uma revisão em baixa de 1.7 pontos percentuais para 2017, e de 3.3 pontos percentuais para a previsão de crescimento para 2020 feita em Junho de 2017.
As previsões do Banco Mundial para a economia moçambicana estão muito aquém das projecções do governo, apresentadas em Dezembro último pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, na Assembleia da República, que apontam para um crescimento económico de 5.3 por cento em 2018.
Na altura, o Primeiro-Ministro disse que o crescimento será sustentado, fundamentalmente, pelo desempenho dos sectores da agricultura, comércio, indústria extractiva e dos transportes e comunicações.
Explicou que a dinâmica da economia moçambicana em 2018 “será ainda impulsionada favoravelmente pela melhoria dos preços dos principais produtos de exportação, nomeadamente o carvão, alumínio, gás natural e areias pesadas”.
Os dados finais para 2017 ainda não estão disponíveis, mas as projecções apontam para uma taxa de crescimento de 5.5 por cento.
Por outro lado, a instituição financeira faz uma revisão em alta para o crescimento mundial em 2018, de 3.1 por cento contra a estimativa de 2.8 por cento calculada anteriormente, é impulsionada por uma actividade económica superior à prevista em 2017, que cresceu 3 por cento contra 2.7 por cento antecipado há seis meses.