As raparigas e mulheres jovens em Moçambique vão ter maior acesso a oportunidades de educação e empoderamento económico graças ao programa de Empoderamento e Resiliência das Raparigas da África Oriental e Austral (EAGER), aprovado no passado mês de Setembro pelo Banco Mundial.
Segundo um comunicado citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), a iniciativa surge para impulsionar a educação e os rendimentos de raparigas e mulheres, ao mesmo tempo que ajudará a fortalecer a capacidade institucional dos países beneficiários em implementar políticas de igualdade de género.
“Moçambique é um dos primeiros países a participar nesta iniciativa regional, da qual vai receber 200 milhões de dólares em financiamento. O programa EAGER reúne países que enfrentam desafios semelhantes no empoderamento de raparigas e mulheres”, explicou a directora para a Integração Regional, África e Oriente Médio no Banco Mundial, Boutheina Guermazi.
De acordo com a responsável, na sua primeira fase, o programa apoiará directamente milhões de raparigas a permanecerem ou regressarem à escola, e permitirá que 160 mil mulheres aumentem a sua produtividade no mercado de trabalho.
“Alcançará mais de seis milhões de agentes de mudança, incluindo líderes tradicionais, pais e rapazes, através de campanhas de mudança de comportamento projectadas para mudar as normas de género. Aumentará a capacidade de 26 mil administradores locais e prestadores de serviços, para que estes possam implementar eficazmente reformas em matéria de igualdade”, especificou.
Segundo o Banco Mundial, na África Oriental e Austral, mais de 40 milhões de raparigas não frequentam a escola e 55 milhões casam-se antes dos 18 anos, isto devido à falta de acesso a recursos e poder de decisão durante a adolescência, o que conduz muitas vezes a uma trajectória de baixa produtividade.