O País – A verdade como notícia

Banco Mundial defende criação de empregos de qualidade e inclusivos para reduzir a pobreza no país

A directora do Banco Mundial diz que criação de emprego só pode vir, de forma sustentável, do sector privado. Idah Z. Pswarayi-Riddihough, que falava na abertura da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), acredita que a criação de empregos de qualidade e inclusivos são a forma mais segura de reduzir a pobreza e partilhar a prosperidade.

Dados avançados, hoje, pela directora do Banco Mundial indicam que 99% das empresas formais são micro, pequenas e médias empresas, muitas das quais lideradas por mulheres; cerca de meio milhão de jovens entram na força de trabalho todos os anos; e, que, entretanto apenas 30.000 empregos formais são criados anualmente.

Para Pswarayi-Riddihough, estes dados demonstram a necessidade de se apostar cada vez mais nas Micro, Pequenas e Médias empresas, desenvolver soluções inovadoras para o emprego dos jovens, capacitar as mulheres e as raparigas e incentivar o sector informal a integrar-se mais na economia.

Para a criação de mais oportunidades de emprego para jovens, a dirigente propõe a aposta nos “investimentos substanciais em infra-estruturas, criação de competências, reformas do ambiente empresarial e acesso ao financiamento”.

Ainda no seu discurso, directora do Banco Mundial congratulou ao Governo moçambicano pela adoção do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE).

Foi neste ponto que Pswarayi-Riddihough a alguns aspectos a serem levados em conta para o impulsionamento da economia moçambicana, a começar pelo investimento e infra-estruturas.

“As pessoas e as empresas precisam de estar ligadas às oportunidades de mercado através de infra-estruturas, em especial estradas, eletricidade e água. Este é um domínio em que o capital privado pode ser mobilizado de forma muito eficaz para complementar os escassos recursos públicos”, explicou.

A responsável pelo Banco Mundial falou ainda na necessidade de apostar nas competências dos jovens para garantir melhores vencimentos e maior produtividade. “Neste contexto, encorajamo-lo a investir em oportunidades de formação e de formação de parcerias para criar empregos, em especial para os jovens e as mulheres”, acrescentou.

Outra proposta avançada por Idah Z. Pswarayi-Riddihough tem a ver com a criação de um ambiente empresarial atractivo.

“Com políticas macroeconómicas sólidas, um Estado de direito, o comércio transfronteiriço, o incentivo ao investimento privado, a garantia de acesso à terra e uma regulamentação bem concebida podem permitir que tanto as pequenas como as grandes empresas prosperem”, detalhou, sem deixar de lado o acesso ao financiamento, que tem sido um das principais dificuldades enfrentadas pelas empresas.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos