O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o sector privado nacional discutem como financiar o agro-negócio para minimizar a crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia. Actualmente, os patrões queixam-se das elevadas taxas de juro praticadas no país.
As actuais condições de acesso a financiamentos criam barreiras ao desenvolvimento do sector do agro-negócio no país. Com o aumento das taxas de juro, as pequenas e médias empresas (PME) ficaram sufocadas.
“A agravar esta situação, já existem PME que fizeram contratos com o BAD e que, agora, se vêem com graves dificuldades para o pagamento, devido ao agravamento das taxas de juros e apresentamos esta questão ao BAD para revisitarmos este ponto”, esclareceu o presidente do Conselho Empresarial Nacional da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Fernando Couto.
Neste contexto, o BAD, que aprovou, recentemente, o financiamento de 1,5 biliões de dólares para agricultores africanos evitarem a crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, revela que está em discussão o valor a alocar ao país.
“O investimento destina-se a todos os sectores envolvidos na agricultura, para fazer com que o continente africano venha suportar a crise. Queremos que a CTA saiba sobre os nossos projectos e acções a serem desencadeadas pelo Banco Africano de Desenvolvimento”, esclareceu o representante residente do BAD, Cesar Abogo, em conferência de imprensa.
Um dos mecanismos para minimizar a crise alimentar em Moçambique é a implantação do projecto de desenvolvimento integrado Pemba-Lichinga, que visa melhorar a produtividade agrícola e desenvolver o agro-negócio nas províncias de Niassa, Pemba e Nampula.