No país existem cerca de 15 maiores produtores da cadeia de frango espalhados pelas três regiões, nomeadamente Sul, Centro e Norte. Mas mesmo assim, o frango continua a ser um alimento de luxo para várias famílias moçambicanas, situação que se deriva da sua difícil aquisição, dado ao elevado preço.
A situação deriva-se, segundo os produtores, de alegada importação desnecessária e contrabando de frango, uma situação que está a colocar o frango nacional em concorrência desleal com o importado.
Ciente do problema, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural sentou esta sexta-feira na mesma mesa em Chimoio com membros da Associação Moçambicana da Indústria Avicola, que deixaram ficar as razões que continuam a tornar caro o frango.
De acordo com Zeiss Lacerda, secretário-geral da Associação Moçambicana da Indústria Avícola, AMIA, outra preocupação, tem que ver com a falta de incentivos do governo neste subsector de produção de frangos.
Fora a situação de contrabando que lesa produtores nacionais, o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, revelou estar ciente do problema de importação de frango, sobretudo da América e Brasil que chega ao país via África do Sul, tendo afirmado que uma eventual medida é interditar, até Dezembro próximo, a importação de frango.
“Debatemos largamente ao longo destas horas sobre como tornar o mercado de frango autossuficiente e acreditamos que até final deste ano ainda é possível. É verdade temos muitos constrangimentos, mas acreditamos que ainda é possível celebrar 2021 como ano que não precisamos importar o frango, naturalmente”, referiu Celso Correia.
Além de reunir com produtores de frango, Celso Correia, visitou uma unidade de produção de leite, e varias associações de camponeses, baseados nos distritos de Sussundenga e Vanduzi.