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Autogás aposta na expansão do gás natural veicular

O parque automóvel no país cresce a olhos vistos, e se haviam dúvidas, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) clarificam. Em 2017 o parque automóvel era de 735.954, quando no período homólogo a estimativa foi de 698.814. Feitos cálculos, o parque automóvel cresceu consideravelmente no período em análise, ultrapassando as 30 mil viaturas.

Mas se o número de automóveis aponta para um crescimento, o mesmo não se pode dizer do número de carros que funcionam através do sistema a gás natural veicular que, 10 anos depois da criação da Amogás apenas 2300 carros segundo João das Neves, director-geral da Autogás.
“Temos cerca de seis postos distribuídos pela cidade de Maputo e cidade da Matola”, disse das Neves, acrescentando, que se já se pensa em expandir as nossas actividades para Marracuene, Ressano Garcia e Chókwè. “Mas se nos perguntarem se queremos mais, claramente que diremos que sim, que queremos mais”, sublinhou o director-geral da Autogás, mas para tal, serão necessários pouco mais de 20 milhões de dólares norte-americanos.

Uma outra barreira que tem dificultado a expansão do sistema de Gás Natural Veicular, é o preço de transformação, aplicado no momento da conversão, facto que João das Neves afastou.
“Naturalmente que exige-se um investimento inicial, mas já estão colocados todos elementos que facilitam a conversão”, disse, realçando que “é possível converter a viatura sem desembolsar nenhum valor, desde que haja um compromisso sério de que ele vai consumir gás e que pode pagar a conversão com a poupança que ele vai ter”. Ou seja, para se fazer a conversão de uma viatura é preciso ter a garantia de que vai haver disponibilidade mensal para as amortizações.
 
Pelo sim ou pelo não, facto é que os números contrastam severamente com os benefícios deste sistema, pelo menos nos bolsos dos automobilistas, porque segundo estes, é mais barato utilizar o gás veicular.
“Se eu abasteço full tank de gás eu fico dois dias, mas se eu abasteço a mesma quantidade de gasolina eu fico apenas um dia”, disse Joaquim Bernardo, um automobilista que faz o transporte de alunos.

Alfredo Macuácua, outro automobilista revela que poupa pouco mais de quatro mil meticais mensalmente com o uso do seu mini-bus, que faz o transporte de passageiros na rota Cinema 700 e Anjo Voador. A Autogás é uma empresa que resulta de uma parceria público-privada que tem a PETROMOC com 40% das acções como acionista maioritário, a INDICO ENERGIA  com 38% das acções, e o Instituto de Gestão das Participações do Estado com 22% das acções.   

 

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