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Aumento de casos da COVID-19 força Cyril Ramaphosa a colocar África do Sul no nível três de lockdown

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, elevou esta segunda-feira o nível de lockdown, de um para três, até 15 de Janeiro próximo, devido ao aumento de infecções pela COVID-19.

No domingo, o Ministério da Saúde sul-africano anunciou 1.004.413 casos da COVID-19 e 26.735 mortos, numa altura em que o país enfrenta uma nova variante do vírus.

Cyril Ramaphosa disse que a África do Sul regressou a uma “forma ajustada” de restrições e o “o inevitável” aconteceu: todas as reuniões internas e externas são proibidas durante os próximos 14 dias, excepto os funerais, idas aos restaurantes, aos ginásios, por exemplo.

Aliás, “no nível três”, os funerais não podem ser assistidos por mais de 50 pessoas. Todas as empresas devem operar com capacidade limitada, para acautelar o distanciamento social.

O recolher obrigatório a nível nacional será agora alargado das 21h00 às 06h00. Os locais não essenciais, tais como restaurantes e lojas, devem fechar às 20h00.

Os indivíduos são obrigados a usar uma máscara em público e os infractores poderão enfrentar acções judiciais, incluindo uma multa ou mesmo prisão (não mais de seis meses).

No mês passado, as taxas de transmissão dispararam, impulsionando a segunda vaga da COVID-19 em Mzansi.  Uma nova estirpe da doença também estimulou a propagação acelerada. Várias atenuações têm sido implementadas e foram declaradas “áreas quentes” no Cabo Ocidental e no Cabo Oriental, enumerou o Presidente da África do Sul, admitindo que as limitações impostas em relação às reuniões não foram suficientes para conter o vírus.

Por isso, segundo o estadista sul-africano, são “necessárias” intervenções mais fortes”.

“Estamos ainda a meses de um lançamento da vacina” para a imunização em massa da população. Com acção em vista, “a luz pode estar no fim do túnel, mas está teimosamente muito longe de onde estamos neste momento”, afirmou Cyril Ramaphosa, para quem “os bloqueios e a estrita adesão aos protocolos de saúde” de modo a travar a propagação da COVID-19 “continuam a ser as únicas intervenções disponíveis” na África do Sul, assim como no mundo.

“Parece que vamos começar o novo ano como vivemos a este ano” prestes a terminar: “com medo de um inimigo resiliente, implacável e invisível. Os regulamentos de nível três estarão em vigor até 15 de Janeiro de 2021”, anunciou Ramaphosa.

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