Aumentou, nas últimas três semanas, a procura pelos serviços hospitalares na cidade de Maputo e a maior parte dos pacientes apresenta problemas respiratórios.
No grupo, não há distinção das idades. No Centro de Saúde de Xipamanine, crianças, jovens e idosos apresentam-se com sintomas da COVID-19.
Segundo Angelina Jaime, enfermeira afecta àquela unidade sanitária, antes da terceira vaga, eram atendidos, diariamente, na triagem de adultos, entre 90 e 100 pacientes, todavia, agora, o número passa de 200.
A mesma situação verificava-se na pediatria, onde a procura rondava nos 70 pacientes e, actualmente, mais de 150 é que são atendidos.
“Muitos vêm com queixa de gripe, febres e tosse e encaminhamos a maioria para fazer teste rápido. Em média, são testados, por dia, 60 paciente e a maior parte acusa positivo para o novo Coronavírus”, explicou.
Angelina Jaime disse, ainda, que os outros pacientes vão à unidade sanitária, preocupados por terem tido contacto com alguém positivo.
A situação repete-se no Hospital Geral de Mavalane e até é pior, pois a capacidade máxima do Centro de Isolamento Transitório, onde permanecem os pacientes suspeitos, fica esgotada muitas vezes.
A responsável pelo Serviço de Urgência naquela unidade sanitária, Patrícia Nhatitima, esclareceu que “enquanto aguardamos o resultado do teste do paciente, os que se encontram mal ficam internados no nosso centro transitório e, nos últimos dias, temos registado enchentes e uma alta rotatividade de pacientes” e acrescentou que, neste momento, das 37 camas de que o centro dispõe, 28 já estão ocupadas.
Antes da terceira vaga da COVID-19, o serviço recebia, diariamente, entre 200 e 250 pacientes, porém, agora, o número subiu para 350 a 400 pacientes e a maioria apresenta patologias do fórum respiratório.
“Os pacientes, quando chegam, são triados para podermos diferenciar os com e os sem problemas respiratórios para evitar que, desta forma, haja contacto com os doentes. Depois, passam por um provedor de saúde que indica se o paciente deve ou não ser testado e um terço dos pacientes é encaminhado para testagem”.